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Delegada encaminha caso para MP
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
07/10/2011 | 07:30
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O inquérito sobre o caso do estudante Davi Mota Nogueira, 10 anos, que entrou armado na Escola Municipal de Ensino Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano, atirou na professora e se matou, no dia 22, deverá ser entregue na próxima semana ao Ministério Público.

Ontem, a delegada Lucy Mastellini Fernandes ouviu mais quatro alunos da escola, e ressaltou que a investigação terminou sem conclusão. "Ele (Davi) levou a resposta com ele", repetiu. Os laudos identificam o local da tragédia e indicam que Davi foi quem atirou e depois se matou.

Os depoimentos das crianças levaram aproximadamente duas horas e meia, na Unidade da Saúde da Criança e do Adolescente. "As informações não combinam e são confusas. Uma aluna disse que, no dia anterior, ouviu comentar em tom de brincadeira que mataria a professora, mas ela não contou aos pais. Não temos como concluir algo com isso."

Ela acredita que as crianças foram expostas a um estresse pós-traumático, que dificulta saber até que ponto é possível identificar o quanto elas deturparam aquilo que viram.

Como já havia informado, Lucy disse que não acredita que Davi tenha premeditado o crime. Ela supõe que ele tenha levado a arma para se "sobressair". Ela também não irá indiciar o pai por negligência na guarda da arma.

Além dos pais e do irmão de Davi, foram ouvidos quatro alunos, três professores, orientadora educacional, coordenadora pedagógica, diretora da escola e a professora baleada, Rosileide Queiros de Oliveira. Em todos os depoimentos foi reforçado o bom comportamento do garoto, que também tinha bom desempenho escolar.

Antes dos depoimentos, pais e parentes diziam não acreditar no que aconteceu e que o garoto não disse nada aos filhos. "Ele era tranquilo e educado. Chegou a frequentar nossa casa. Conhecia os pais, não dá para imaginar o que o levou a isso", afirma o pai de V.S.M,,10.

A.C.N.P., 10, precisará de acompanhamento psicológico. "Ela fica lembrando o que aconteceu. Teve medo de voltar para a escola. Será importante", afirma a mãe de outra aluna da Alcina Dantas Feijão que depôs ontem.




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