Em Bar, Doce Bar, Fornari, também autor do dicionário-almanaque sobre gastronomia Comes e Bebes, dá uma aula de cultura, indo além de uma simples coleção de verbetes etílicos. Na introdução do livro, por exemplo, o autor explica a origem da palavra bar e seu significado remontando ao final do século XVIII. Entre as sessões do livro, organizadas em ordem alfabética, Fornari abre espaço para pequenas histórias sobre as bebidas em um aparte denominado Papo de Bar. Ele explica, por exemplo, que a palavra beer na Inglaterra não é sinônimo de cerveja. O termo pode tanto designar uma bebida alcoólica como uma não alcoólica.
Outra curiosidade: usar o copinho quadrado de madeira para beber saquê é um modismo ocidental. O autor explica que os japoneses o criaram para medir ingredientes, como arroz, e bebem o líquido em tacinhas de porcelana.
O autor abre ainda espaço para receitas de coquetéis simples, como o de laranja que leva o suco da fruta, gim e gelo, e outras mais elaboradas e sofisticadas como o coquetel magnólia que leva gim, suco de limão, creme de leite e grenadine, um xarope não alcoólico de romã usado para aromatizar e colorir drinks.
Além dos verbetes etílicos, há espaço para explicações sobre palavras relacionadas ao dia-a-dia dos bares. Fornari escreve, por exemplo, que saideira é o trago que se toma para encerrar o papo e morraça e mijoca são sinônimos de vinho ruim.
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