Nem São Caetano nem Brasiliense. O empate de sábado à tarde – 1 a 1, na Boca do Jacaré, em Taguatinga – manteve o time do Distrito Federal no bloco do rebaixamento e o Azulão próximo da zona de risco no Campeonato Brasileiro. Gustavo colocou a equipe do Grande ABC na frente do placar, mas Igor igualou tudo.

Desde o início, o Brasiliense procurou explorar a velocidade, mas de forma desorganizada. Entre outras coisas, esbarrava na falta de pontaria. O São Caetano, que recuava e saía nos contragolpes, conseguiu pegar o rival de surpresa. Aos 12, Gustavo, de cabeça, desviou a falta cobrada pelo volante Márcio Richardes – 1 a 0.

Teoricamente, estaria mais fácil para os paulistas. Nem tanto. O Brasiliense insistia em trocar passes desordenados. A equipe de Joel Santana chegava mais. No entanto, continuava dispersiva nas finalizações. Aos 27 e aos 34, Igor, que se complicava no último toque, desperdiçou duas boas chances. O esquema do Azulão, mais cauteloso do que nunca, recorria ao esboço da antiga fórmula. Primeiro, bloqueava e girava num círculo bem determinado para depois avançar timidamente. Era para o que desse e viesse. A cópia do velho filme, porém, estava bem longe de repetir a mesma ousadia. O breque parecia muito puxado.

Na segunda etapa, o Azulão também voltou precavido. Não se arriscava. O Brasiliense, encostado no abismo da queda à Segundona, sentia o peso do previsível descenso. Até Marcelinho Carioca e Vampeta tropeçavam na ausência de iniciativa. Mas valeu a persistência de Igor, que iria marcar o gol do empate, aos 19, ao correr pela direita e conferir no contrapé do goleiro Sílvio Luiz – 1 a 1. Para piorar, o São Caetano ficaria sem Germano, aos 23, porque ele já tinha o cartão amarelo e pegou pesado numa dividida. O placar refletiu as exatas limitações de ambos os lados.