O ministro da Agricultura e do Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, disse neste sábado que a suspensão do embargo à importação de carne bovina brasileira deve acontecer o "mais breve possível". Ainda neste sábado, a missão de técnicos do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), com representantes do Canadá, Estados Unidos e México, apresentaram a membros do Ministério da Agricultura os dados preliminares dos dois dias de estudos no Brasil sobre a qualidade do rebanho e o combate ao mal da vaca louca.

Segundo o ministro, a missão ficou satisfeita com o que encontrou no Brasil. Pratini disse que a missão do Nafta recebeu todas as informações necessárias para que o embargo seja suspenso.

Na próxima segunda-feira, o ministro deve conversar por telefone com os ministros da Agricultura dos Estados Unidos, México e Canadá. Ele quer sensibilizar as autoridades sobre a suspensão do embargo e enfatizou que não irá fixar uma data limite para anunciar uma decisão a favor dos produtos.

No entanto, se o assunto não for resolvido até a próxima semana, o subsecretário para Assuntos Econômicos e de Integração do Ministério das Relações Exteriores, José Alfredo Graça Lima, anunciou que o Brasil entrará com uma queixa junto a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Sobre o fechamento da fronteira com a Argentina para impedir a entrada da carne bovina com osso, o ministro informou que será criterioso. Pratini foi irônico, e disse que os brasileiros, ao contrário de outros países, não irão tomar uma decisão sem que seja feita uma análise técnica sobre o assunto. O resultado de uma análise feita na Argentina deve ficar pronto nesta segunda-feira.

Além dos técnicos estrangeiros, estiveram presentes ao Ministério da Agricultura, em Brasília, o chefe da Agência de Inspeção Alimentar do Canadá, Brian Evans, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Márcio Fortes de Almeida, e o secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira.

Os estrangeiros deixam o Brasil neste domingo.