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Falso policial é preso ao ‘prender’ assaltante
Glauco Araújo e
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
26/02/2003 | 20:52
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Após prender um ladrão e algemá-lo, o falso policial Hélio Oliveira da Silva, 31 anos, apontava uma pistola ao criminoso, na noite desta terça. Foi quando dois policiais militares chegaram à rua Montevidéu, no Parque das Américas, em Mauá, e perguntaram qual crime Adair Fernandes, 45, havia cometido. Os três conversaram sobre o furto praticado pelo assaltante até que um dos policiais perguntou onde Silva trabalhava. Ele, então, hesitou, ficou nervoso, mas mentiu e se identificou como policial civil. Disse que trabalhava como investigador no Depatri (Delegacia de Crimes contra o Patrimônio), na capital.

Segundo informações dos policiais militares, Silva – que na verdade é segurança – prendeu Fernandes após ele furtar o celular da promotora de vendas S.R.A., 38, na manhã do mesmo dia, em Santo André. Segundo depoimento de S. à polícia, ela teria pedido à Silva – que era seu conhecido – que a ajudasse a reaver seu celular, pois desconfiava que Fernandes o havia furtado após uma distração. S. é vendedora e já havia feito negócio com ambos.

Silva, então, descobriu que o ladrão havia ido para sua casa, no Parque das Américas, e resolveu prendê-lo. “Ele trocou o celular por R$ 20 em um bar ainda não identificado e depois passou a tarde em um bingo, pois disse ser viciado nesse jogo. Logo depois, o segurança foi atrás dele, em Mauá, quando voltava para casa”, disse o cabo do 30º Batalhão Edmílson Henrique de Oliveira.

Após Silva prender o acusado de furto, os policiais militares tomaram conhecimento de uma movimentação suspeita da rua Montevidéu e foram até o local, quando descobriram a farsa do falso policial. “Exigimos sua funcional de policial e ele disse que a havia esquecido em casa. Precisávamos confirmar e fomos até a delegacia, onde ele voltou a reafirmar que era policial, mas que estava afastado havia dois anos”, disse o cabo Henrique.

No 1º Distrito Policial de Mauá, os policiais confirmaram que, além de não ser policial, Silva também respondeu um inquérito criminal, mas não foi condenado. Segundo a polícia, Silva afirmou que era segurança, mas não tinha porte de sua pistola calibre 380. Ele ainda tinha 39 cápsulas do mesmo calibre, um carregador e uma algema.

Após todo o episódio, Fernandes foi preso por furto e Silva por porte ilegal de arma e usurpação de função pública. Ele responderá o processo em liberdade, já que pagou fiança de R$ 70.




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