Ao mesmo tempo, proprietários e funcionários das casas de bingo articulam com a Força Sindical uma série de manifestações contra a Medida Provisória (MP) que proibiu a atividade em território nacional.
O presidente da central, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PDT, espera reunir até cinco mil manifestantes nesta quinta em três bingos de São Paulo e em um de Santos. Para segunda-feira, a Força prepara uma passeata, na qual pretende reunir cerca de dez mil participantes.
Representantes do setor continuam incentivando as ações judiciais individuais, mas acreditam que a pressão política será mais eficaz, uma vez que as liminares para abertura de casas podem ser facilmente derrubadas pelo governo.
Nesta quarta , eles reuniram-se na sede da Abrabin, na capital paulista, e divulgaram nota pedindo pressa aos parlamentares para avaliarem a matéria. “Há necessidade de o Congresso agir com velocidade. Uma legislação que, eventualmente, só venha no fim de 2004 chegará muito tarde: é financeiramente inviável para trabalhadores e empresários.” Segundo o presidente da Abrabin, só é possível segurar as demissões no setor, com as portas das casas de bingo fechadas, por 30 dias.
Ao comentarem o fechamento de postos de trabalho, os empresários fizeram questão de lembrar das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Os bingos querem continuar colaborando para o cumprimento da meta estabelecida na campanha do PT para a Presidência da República: geração de 10 milhões de empregos.”
A entidade sustenta que o fechamento das cerca de 1,1 mil casas de bingo do país afeta cerca de 320 mil postos de trabalho – 120 mil empregos diretos e 200 mil indiretos.
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