O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que a decisão sobre a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que incide sobre a linha branca cabe ao Ministério da Fazenda.
Na quinta-feira, o ministro afirmou que o governo estuda estender o benefício, que se encerra no dia 31 de outubro, até o fim deste ano. "O IPI (reduzido) vale até o fim do mês e o governo deve anunciar uma decisão nos próximos dias", afirmou Bernardo. No mesmo dia, ele foi desmentido por Guido Mantega, ministro da Fazenda.
O ministro pôs dúvidas sobre a confirmação de um prazo maior para a medida, que teria sido dada por um auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira, no município pernambucano de Sertânia. "Alguém deve ter feito um comentário, mas isso é um assunto da alçada do Ministério da Fazenda. Não acredito que alguém vá anunciar isso que não seja o ministro da Fazenda ou alguém por ele designado", disse.
Perguntado se daria algum conselho à população sobre o assunto, Bernardo respondeu: "Eu mesmo vou sair daqui direto para uma loja para ver se acho um fogão novo para a cozinha de casa. Qualquer decisão só vai valer a partir de 1º de novembro."
O ministro disse ainda não ter informação sobre a possibilidade de o governo retomar a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na entrada de dólares no País, como forma de conter a valorização do real ante o dólar. "Taxação de capital também é assunto do Ministério da Fazenda e o ministro do Planejamento não deveria meter o bedelho nisso."
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