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Grávidas com suspeita de gripe têm cuidados especiais
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
05/08/2009 | 07:34
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Cerca de dois terços dos atendimentos do Hospital da Mulher, em Santo André, são relativos a mulheres grávidas. Trata-se de uma parcela da população que está entre as mais afetadas pela pandemia de gripe suína, o que obrigou os responsáveis pela unidade a tomar medidas preventivas contra a contaminação pelo vírus Influenza A (H1N1). Atualmente estão internadas no local sete gestantes com sintomas.

Por prevenção, elas ocupam leitos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que tem nove vagas reservadas para pacientes infectados. Os perfis são de pessoas relativamente jovens, entre 15 e 24 anos, entre a 24ª e a 35ª semana de gravidez. As internações ocorreram todas entre quinta e sexta-feira passadas. De forma geral, têm apresentado uma boa evolução, segundo os médicos que acompanham os casos.

Os preparativos para receber contaminados começaram há cerca de um mês, quando a pandemia ganhou força no Brasil. O trabalho de prevenção envolveu treinamento de pessoal, especialmente recepcionistas e seguranças. Foi feita também a compra de máscaras e álcool gel.

Em todos os corredores e áreas de espera do hospital é possível notar dispositivos de distribuição de álcool gel (semelhantes aos usados para sabonete líquido), com cartazes informativos sobre como limpar as mãos. Máscaras são usadas por seguranças e recepcionistas, além de pacientes que apresentem sintomas de gripe.

A prevenção é feita também em relação aos recém-nascidos. São pouco mais de 10 partos por dia na unidade, e foi pedido aos familiares com sintomas de gripe que evitassem as visitas. "A resposta foi positiva e temos contado com a compreensão de todos neste momento", diz o diretor clínico, Cícero Mathias.

O superintendente do hospital, Carlos Henrique Okumura, afirma que trabalha com ocupação total e que não teria como oferecer vagas para a internação de pacientes de gripe suína em geral. "Em situação crítica, de emergência mesmo, temos como expandir de nove para 15 leitos."

Grávidas - A copeira Gilmara Bohema dos Santos, 28 anos, está no olho do furacão, mas não demonstra pânico. Ela aguarda o segundo filho para daqui a um mês e trabalha no Hospital da Mulher. Vai na contramão de todas aquelas quem têm medo excessivo. "Aqui, converso bastante com os médicos e isso acaba me acalmando."

Mas isso não significa que Gilmara não se preocupa. "Procuro evitar os setores de risco, onde estão as pacientes com suspeita da doença."

Mulheres como Gilmara trabalham para garantir que outras grávidas sejam atendidas com conforto. É o caso de Silvia Mendes, 25. Prestes a dar à luz, ela aguardava na recepção do hospital, e reconhecia que a gripe suína não mudou sua rotina.

De forma geral, as recomendações para as grávidas são as mesmas para qualquer pessoa. Evitar aglomerações, fazer a higiene das mãos e se alimentar corretamente, fortalecendo o sistema imunológico. As dicas são relevantes, quando as estatísticas apontam para uma taxa de mortalidade de 28% entre gestantes contaminadas.




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