O cantor britânico Elton John, que comemora 60 anos no próximo domingo, pediu que abusos homofóbicos sejam combatidos pela sociedade. Segundo a agência Ansa, esse combate deve ocorrer onde quer que os “abusadores” estejam, "seja no pub local, seja a milhares de quilômetros de distância".
Em um artigo que escreveu para a revista política New Statesman, John afirmou que milhares são perseguidos no mundo "por quem amamos e com quem fazemos amor". "Todos deveríamos defender em alto e bom som os direitos humanos básicos das pessoas", completou.
John, que em 2005 se casou com seu namorado, o produtor canadense David Furnish, declarou que esse vínculo civil "foi um direito humano e legal". "Queria que todos soubessem, queria gritar para o mundo todo ouvir. Mas em alguns países, minha voz foi calada, inclusive proibida. Homens e mulheres são perseguidos e atacados todos os dias em diferentes partes do mundo", disse o cantor pop.
Elton John citou como exemplo o ativista dos direitos homossexuais de El Salvador, William Hernández, que foi ameaçado com uma pistola e teve a sua organização invadida por defender os grupos de gays e lésbicas. "Pessoas como William são mais valentes que eu. Minha voz me serviu muito bem durante todos esses anos. Espero poder ajudá-lo também. Mas precisamos de mais vozes nessa luta", esclareceu.
O cantor e compositor escreveu na coluna "It Could Have Been Me" ("Poderia ter acontecido comigo") da New Statesman, publicada com o apoio do grupo dos direitos humanos Anistia Internacional.
Em novembro passado, John criticou duramente o primeiro-ministro australiano John Howard pela anulação do governo federal de uma lei que permitiria a união oficial entre casais homossexuais.
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