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Século resumido reúne 60 imagens do Ivam
Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
06/02/2007 | 21:00
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Parece rima pobre, mas a mostra do Ivam no MAM resume a história da fotografia no século XX em 60 imagens. Ivam é o Instituto Valenciano de Arte Moderno (com “o” mesmo, conforme o original castelhano), parceiro do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) na mostra A Fotografia na Coleção do Ivam, que abre hoje para o público em geral na Grande Sala no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

A instituição espanhola foi criada para difundir arte moderna – e tornou-se uma das primeiras a incluir a fotografia como meio de expressão artística do século XX. Para o MAM, foi feita uma seleção de imagens de seu acervo. Como retribuição, parte do acervo de fotos do MAM está em exposição no Ivam, na Espanha.

Uma corrida de olhos pela mostra revela retratos sociais, urbanos e experimentações em paisagens resultantes da presença humana no decorrer do século XX. Tudo registrado em fotografia, em suas vertentes tradicional, fotomontagem ou experimentação.

Portanto, dos primeiros cliques à atualidade, é a história da expressão fotográfica que se esboça no MAM com Robert Frank, Josep Renau e Man Ray entre outros nomes com obras reunidas pelo Ivam a partir de doações dos artistas, aquisições periódicas e comodatos com instituições.

A paisagem segundo dois olhares

Em exposição dupla que abre hoje na Galeria Virgilio, em São Paulo, os fotógrafos Fabio Okamoto e Biassino Gesualdi investigam, cada um com sua proposta, os cenários que se apresentam diante de suas câmeras. A abertura é nesta quarta, às 20h.

O paulistano Okamoto, que foi premiado no 32º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, em 2004, denomina sua mostra Paisagens Desabitadas. São fotos experimentais feitas em espaços urbanos, interiores e exteriores. Formado em arquitetura e urbanismo, Okamoto registra a paisagem urbana integrada ao cotidiano humano e a interferência deste na arquitetura das cidades, buscando ângulos e formas, inclusive na natureza, que componham suas paisagens em preto-e-branco e em cores.

Biassino Gesualdi batizou de Meio Dia e Meia Noite Num Mundo Perfeito sua mostra. Mineiro que vive em São Paulo, formou-se em medicina, viveu em Londres e se dedica à fotografia diletante.

Com a anatomia humana em mente, demarca paisagens como um cirurgião plástico com a câmera na mão. Macrofotografias, feitas do alto, mostram formas, linhas e contornos não visíveis a olho nu. Aqui, é o cientista que usa a câmera como um microscópio com teleobjetiva. Ou experimenta revelar texturas, usando luz (e a ausência dela) e velocidade da abertura do diafragma, numa interferência clínica que reconstitui a paisagem.

Fabio Okamoto e Biassino Gesualdi – Exposição de fotografias. Abertura nesta quarta, às 20h. Na Galeria Virgilio – r. Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 426, São Paulo. Tels.: 3062-9446 e 3061-2999. De seg. a sex., das 10h às 19h; sáb. e feriados, das 10h às 17h. Até 1º de março.



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