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OAB de São Caetano contesta decisão que tirou filho da mãe
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
22/11/2006 | 22:22
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A presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Caetano, Rosângela Maria Negrão, contesta a decisão da Vara da Infância e Juventude do município em tirar a guarda do filho de um ano e meio da mãe, a promotora de eventos Nirailda Lopes dos Santos, 34 anos. A Promotoria acusa a mãe de negligência e maus-tratos após a criança ser atendida no Hospital Infantil e Maternidade Márcia Braido, em meados de outubro. Desde então, a mãe nunca mais viu o filho.

“Pelas informações que eu obtive com a mãe e com alguns funcionários do hospital, não era o caso de a mãe perder a guarda da criança. Foi uma atitude muito drástica e rígida, que está penalizando a mãe”, afirmou a presidente da OAB.

“A única culpa que a mãe tem no caso é ser pobre. Por causa de sua situação econômica, ela não pôde dar uma assistência completa à filha, que sofre de uma doença pulmonar delicada. Isso não quer dizer que estava sendo negligente”, ressalta a advogada.

O drama de Niralda começou há cinco meses, quando o filho deu entrada pela primeira vez no centro hospitalar. Segundo a mãe, ele apresentava uma forte gripe. O quadro do menino era de bronquiolite obliterante, agravado por um problema respiratório crônico. Durante o período que ficou doente, o menino voltou para casa três vezes. Na última delas, Nirailda disse ter ficado doente e, por isso, não teria levado o menino para fazer três exames importantes. Na volta ao hospital, o Conselho Tutelar foi chamado e o caso encaminhado à Promotoria de Infância e Juventude, que considerou negligência da mãe.

Na segunda-feira, haverá a primeira audiência do caso. A promotora de eventos vai levar quatro testemunhas que vão depôr a seu favor. “Estou desesperada, não consigo comer nem dormir direito. Foi uma injustiça muito grande o que fizeram comigo”, disse Narailda. Ela garante que parentes e amigos vão protestar em frente ao Fórum na segunda-feira. O judiciário disse que não pode falar sobre o caso, pois o processo tramita em segredo de Justiça.



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