“Esse é um show de humor mesmo, para desopilar o fígado. Mas é feito com um humor inteligente, sem baixarias, e tem como pano de fundo uma boa trilha sonora. Além disso, eu não me visto de Carmen Miranda, podem ficar tranqüilos!”, diz Dussek que, desde o ano 2000, assina seu nome com dois “s” por sugestão de uma numeróloga.
No palco, ele interpreta um músico que, apesar de não ter idade para isso, se diz muito amigo de Carmen Miranda (1909-1955) e uma espécie de testemunha ocular dos fatos que permearam sua vida. Entre um causo e outro, apresenta as músicas com todo o escracho que lhe é peculiar: “Não quis fazer um pastiche de Carmen Miranda. Por isso mostro uma versão masculina de seus sucessos”.
O espetáculo é dividido em duas partes: a primeira, que fala da vida pessoal da cantora até sua ida aos Estados Unidos; e a segunda, com a volta triunfal ao Brasil até sua morte.
Entre os fatos narrados se destaca um, bastante inusitado. Carmen Miranda, decidida a conseguir a tão desejada carreira no exterior, fez a simpatia sugerida por uma amiga: pôs um bebê para dormir em sua cama, fez o pedido e torceu para que, de manhã, confirmasse que a criança havia urinado. Dessa maneira, seu desejo seria realizado.
“Ela tentou várias vezes até pedir o filho de Dalva de Oliveira, que molhou toda a cama. Era o Pery Ribeiro, com 1 ano, e foi ele quem me contou a história”, diz.
O show de Dussek é baseado no songbook homônimo, que traz a biografia pesquisada pelo próprio, partituras de 30 canções e um CD do cantor. No show, ainda participam Chico Costa (saxofone) e Celso Nascimento (percussão).
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