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Alojados têm de sair hoje de ginásio de S.Bernardo
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
26/06/2009 | 07:42
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Celso Luiz/DGABC


Vence hoje o prazo estipulado pela Prefeitura de São Bernardo para que as vinte famílias alojadas no Ginásio Poliesportivo do bairro Alves Dias deixem a área. Há dez dias elas foram despejadas da invasão em apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), no bairro Cooperativa, e receberam abrigo temporário no ginásio. Pelo menos 30 crianças estão no espaço.

O esgotamento do prazo oferecido pela Prefeitura preocupa as famílias que dizem não ter a quem recorrer, caso tenham de deixar o local a qualquer momento.

A Prefeitura de São Bernardo informou que cumpre o acordo feito com o Ministério Público, ou seja, após dez dias de abrigo temporário no Ginásio Alves Dias, a partir de hoje, oferece apoio financeiro no valor de até R$ 315, durante três meses, para que as famílias tenham tempo de encontrar residências permanentes.

Segundo moradores, no entanto, o valor é insuficiente para alugar um imóvel. "O aluguel custa em média R$ 600 e as imobiliárias exigem fiadores ou adiantamento do pagamento. Alguns nem aceitam famílias com crianças", disse a cabeleireira Cidélia Perez Moralles, 39 anos, que tem cinco filhos.

"Não temos para onde ir e a Prefeitura é intransigente. Se tirvemos de sair daqui, vamos acampar na praça", reclamou José Roberto Ferreira da Silva, 47, que também está alojado no ginásio.

A Prefeitura cedeu beliches, colchões e cobertores ao alojamento montado no poliesportivo. Para as refeições, foram liberados tickets de R$ 40 a cada família. "O valor é insuficiente. Sobrevivemos da ajuda da comunidade e da igreja que nos oferecem alimentos", contou José Roberto Ferreira da Silva.

Ocupação - Os moradores invadiram os apartamentos da CDHU no dia 12 de outubro de 2007, depois que os barracos da favela Uenoyama foram destruídos. O despejo há dez dias ocorreu em cumprimento a uma ação de reintegração de posse.

Os móveis dos ocupantes foram levados para um depósito da CDHU na Capital e podem ser retirados em até 30 dias. Quem quiser retirar os pertences ganhará apoio da Prefeitura para levá-los a qualquer lugar da Região Metropolitana de São Paulo. Passado este prazo, caberá à Justiça decidir o destino da mobília.




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