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Heloísa Périssé e Ingrid Guimarães terão programa humorístico
André Bernardo
Da TV Press
20/02/2004 | 18:59
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Nem Heloísa Périssé sabe dizer ao certo há quanto tempo convive com Ingrid Guimarães. “A gente já se conhece há uns dez anos. Embora já digamos dez anos há quase três. É porque dez anos é uma data bonita, redonda”, brinca. De sério mesmo só a amizade das duas, iniciada em uma oficina de humor promovida pela Globo e que deu origem a uma bem-sucedida parceria profissional. Só a peça Cócegas, encenada há três anos, já foi assistida por 400 mil espectadores. O próximo passo da dupla é na TV. Em abril, elas estréiam Sob Nova Direção, um dos quatro especiais de humor testados na programação de fim de ano da Globo que ganharam espaço fixo na grade.

Na série, escrita e protagonizada pela dupla, Heloísa interpreta Belinha, uma socialite falida que recebe do ex-marido apenas um bar na partilha dos bens. Já Ingrid dá vida a Piti, taxista que é despejada do quarto em que mora e quase atropela a futura sócia naquele que parece ser o pior dia de suas vidas. Juntas, as duas decidem alugar a única coisa que lhes resta, o tal estabelecimento que dá título à série, para os mais diversos fins, de festa infantil a velório, de bar mitzvah a formatura. “A Piti e a Belinha são a cara do Brasil. Elas estão sempre inventando maneiras criativas para sobreviver”.

TV PRESS – O Sob Nova Direção será exibido aos domingos, logo após o Fantástico. O que você achou do horário?

HELOÍSA PÉRISSÉ – Achei ótimo. O Sai de Baixo também era exibido nesse horário e foi muito visto. O importante é que o programa tem um forte apelo infantil. O humor que a gente faz na série é parecido com o da peça Cócegas. Um humor que agrada a todos os tipos de platéia. Não fazemos humor apelativo. As crianças e os pais das crianças podem assistir ao Sob Nova Direção sem medo.

TV PRESS – Qual é o trunfo da série?

HELOÍSA – A Piti é uma mulher que vive de bicos. De manhã, ela é taxista; à noite, garçonete. É o tipo de pessoa que fez quatro faculdades, mas não concluiu nenhuma. Já a Belinha é uma mulher chique, que tenta se manter chique, embora o marido tenha lhe passado a perna. Na partilha dos bens, ficou só com esse bendito bar. A Piti e a Belinha são a cara do Brasil. Apesar de diferentes entre si, se unem em torno de um mesmo ideal, que é arranjar dinheiro para salvar aquele bar.

TV PRESS – Como surgiu a idéia de escrever o Sob Nova Direção?

HELOÍSA – Há uns dois anos, durante uma viagem de férias. Certo dia, estávamos eu, a Ingrid e um grupo de amigos em um bar de Paris quando começou o maior barraco. Na mesma hora, virei para a Ingrid e perguntei: “Já imaginou se a gente tivesse um bar?”. O barraco rolando e a gente morrendo de rir. E o pior é que tínhamos combinado de não falar de trabalho durante a viagem. O primeiro que tocasse no assunto pagaria US$ 100 para o outro. No final das contas, a gente subiu para o quarto e não falou de outra coisa a noite inteira.

TV PRESS – Você e a Ingrid já se conhecem desde os tempos do extinto Chico Total, da Globo. Qual é a maior virtude dela?

HELOÍSA – Ah, a Ingrid tem muitas virtudes. A maior delas talvez seja o jeito legal de lidar com o tempo. Ela é muito serena, tranqüila. A Ingrid sabe esperar as coisas acontecerem. Já eu sou mais afoita. Quero tudo para ontem. E, às vezes, as coisas não acontecem como gostaríamos que acontecessem.

TV PRESS – O espetáculo Cócegas, o mais importante projeto da dupla, já virou livro e peça infantil, Cosquinha. Quando ele vai virar filme também?

HELOÍSA – Assim que tivermos tempo. O projeto ainda está bem no comecinho. A gente só gostaria de estrear o filme depois que a peça excursionasse pelo país inteiro. É importante que a peça viaje primeiro para que, quando ela estrear em circuito nacional, um número maior de pessoas saiba do que se trata. Por enquanto, só fizemos Rio e São Paulo. Além disso, ainda não tivemos tempo de parar para pensar em roteiro, locação, essas coisas. Mas, pode ter certeza: sou do tipo que dá o sangue por algo em que acredito.




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