Na série, escrita e protagonizada pela dupla, Heloísa interpreta Belinha, uma socialite falida que recebe do ex-marido apenas um bar na partilha dos bens. Já Ingrid dá vida a Piti, taxista que é despejada do quarto em que mora e quase atropela a futura sócia naquele que parece ser o pior dia de suas vidas. Juntas, as duas decidem alugar a única coisa que lhes resta, o tal estabelecimento que dá título à série, para os mais diversos fins, de festa infantil a velório, de bar mitzvah a formatura. “A Piti e a Belinha são a cara do Brasil. Elas estão sempre inventando maneiras criativas para sobreviver”.
TV PRESS – O Sob Nova Direção será exibido aos domingos, logo após o Fantástico. O que você achou do horário?
HELOÍSA PÉRISSÉ – Achei ótimo. O Sai de Baixo também era exibido nesse horário e foi muito visto. O importante é que o programa tem um forte apelo infantil. O humor que a gente faz na série é parecido com o da peça Cócegas. Um humor que agrada a todos os tipos de platéia. Não fazemos humor apelativo. As crianças e os pais das crianças podem assistir ao Sob Nova Direção sem medo.
TV PRESS – Qual é o trunfo da série?
HELOÍSA – A Piti é uma mulher que vive de bicos. De manhã, ela é taxista; à noite, garçonete. É o tipo de pessoa que fez quatro faculdades, mas não concluiu nenhuma. Já a Belinha é uma mulher chique, que tenta se manter chique, embora o marido tenha lhe passado a perna. Na partilha dos bens, ficou só com esse bendito bar. A Piti e a Belinha são a cara do Brasil. Apesar de diferentes entre si, se unem em torno de um mesmo ideal, que é arranjar dinheiro para salvar aquele bar.
TV PRESS – Como surgiu a idéia de escrever o Sob Nova Direção?
HELOÍSA – Há uns dois anos, durante uma viagem de férias. Certo dia, estávamos eu, a Ingrid e um grupo de amigos em um bar de Paris quando começou o maior barraco. Na mesma hora, virei para a Ingrid e perguntei: “Já imaginou se a gente tivesse um bar?”. O barraco rolando e a gente morrendo de rir. E o pior é que tínhamos combinado de não falar de trabalho durante a viagem. O primeiro que tocasse no assunto pagaria US$ 100 para o outro. No final das contas, a gente subiu para o quarto e não falou de outra coisa a noite inteira.
TV PRESS – Você e a Ingrid já se conhecem desde os tempos do extinto Chico Total, da Globo. Qual é a maior virtude dela?
HELOÍSA – Ah, a Ingrid tem muitas virtudes. A maior delas talvez seja o jeito legal de lidar com o tempo. Ela é muito serena, tranqüila. A Ingrid sabe esperar as coisas acontecerem. Já eu sou mais afoita. Quero tudo para ontem. E, às vezes, as coisas não acontecem como gostaríamos que acontecessem.
TV PRESS – O espetáculo Cócegas, o mais importante projeto da dupla, já virou livro e peça infantil, Cosquinha. Quando ele vai virar filme também?
HELOÍSA – Assim que tivermos tempo. O projeto ainda está bem no comecinho. A gente só gostaria de estrear o filme depois que a peça excursionasse pelo país inteiro. É importante que a peça viaje primeiro para que, quando ela estrear em circuito nacional, um número maior de pessoas saiba do que se trata. Por enquanto, só fizemos Rio e São Paulo. Além disso, ainda não tivemos tempo de parar para pensar em roteiro, locação, essas coisas. Mas, pode ter certeza: sou do tipo que dá o sangue por algo em que acredito.
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