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É o Tchan lança concurso para vaga de Beto Jamaica
Do Diário do Grande ABC
22/02/2000 | 12:52
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O grupo É o Tchan, anunciou, segunda-feira, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, que as inscriçoes para o novo substituto do cantor Beto Jamaica começarao no dia 13 de março, na Bahia. No mesmo dia, acontecerá um show de despedida de Beto Jamaica em Salvador.

Como as eliminatórias do concurso, que será veiculado no Domingao do Faustao, só começarao em maio, Scheila Carvalho e Jacaré terao que dar apoio a Cumpadre Washington, o outro vocalista da banda.

Cumpadre Washington diz que sua funçao era apenas a de ser a segunda voz. "Tenho capacidade, mas nao o estilo que o É o Tchan precisa. Meu lado é mais devagar. O Tchan é mais pra frente e tem que ter uma pessoa do meu lado para dar ritmo. Beto Jamaica leva a galera ao delírio. Eu sou mais romântico (...) Quem sabe em 2002 nao saio para fazer carreira solo? Será o lado romântico do Cumpadre Washington", disse.

Para Cumpadre Washington, o candidato tem que ser bom cantor. "Todos nós somos bonitos, mas o critério é ser comunicativo. Alegria é fundamental, entrando no grupo, pega o pique. Nao precisa ser baiano. Tem eu e Jacaré que somos baianos e passamos tudo. A loira é paulista e pegou tudo. Vamos dar um banho nele. Pode ser japonês, alemao, argentino", afirmou o cantor.

O grupo acha que o concurso é ideal para uma escolha coerente e justa. "Na Bahia temos muitos Beto Jamaica. Assim podemos dar oportunidade", acredita Cal Adam, empresário da banda. Para ele, a saída de Jamaica poderá mudar completamente a cara do Tchan, já que ele era o principal vocalista do grupo.

O empresário reconheceu que a mudança no grupo é mais uma estratégia de marketing. O "É o Tchan" é especialista em concursos de TV para aparecer na mídia e cativar o público. As duas dançarinas também foram escolhidas dessa forma, com bastante alarde.

"Nao podemos cair na mesmice. Temos que ir inovando. Foi o povo que escolheu a loira e a morena. Mexemos com sonhos de muita gente. Lógico que faz parte do marketing, uma coisa que deu certo", disse o empresário.

Adam, porém, nega que a saída de Jamaica seja uma forma de erguer o Axé, que anda em crise por todo país depois de longo período liderando a mídia e as rádios. "O movimento está incomodando algumas pessoas. O Tchan vendia dois milhoes de discos. Hoje vende um milhao por causa da pirataria. E ninguém fala. Só dizem que o Axé está acabando. Axé babau nao é verdade. A música baiana vai muito bem", afirmou Adam.




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