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Polícia liberta empresária de cativeiro na Zona Sul de SP
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
17/05/2008 | 07:13
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André Henriques/DGABC



Uma empresária de 27 anos foi libertada do cativeiro, anteontem à noite, na Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo.

Por meio de uma denúncia anônima, policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) chegaram à casa, na Rua Sernambitiba, 113, travessa da Avenida Cupecê. A empresária foi encontrada no local escondida atrás de um armário, com as pernas amarradas.

A vítima havia sido seqüestrada na manhã de terça-feira, quando ia ao trabalho na indústria de docas de um tio, na Rua Laço de Fita. Ela foi dominada por bandidos próximo dali, no cruzamento da Cupecê com a Rua Sassaki, quando acabava de estacionar o carro. Rendida, foi obrigada a seguir com eles em outro veículo e, poucos minutos depois, foi deixada no cativeiro.

Um casal que morava na casa com dois filhos foi o responsável por vigiá-la durante o período que permaneceu em poder dos seqüestradores.

A vítima ficou no local onde seria o quarto das crianças. Em uma tigela, havia batatas fritas e frutas, talvez a última refeição da empresária antes de ser resgatada pela polícia.

O casal - identificado apenas como Celina e Índio - e os filhos saíram instantes antes da chegada do Garra. Segundo informações de vizinhos, eles moravam ali há cinco anos. "Nunca suspeitei. Quando voltei do sacolão, vi a vítima já do lado de fora, dentro da viatura, chorando", revela a dona de casa Alessandra de Menezes, que mora ao lado da casa usada como cativeiro.

O marido dela, o desempregado Edson Messias de Oliveira, 29, estava na rua quando a polícia invadiu o local. Acabou detido e levado à DAS (Delegacia Anti-Seqüestro) para averiguação. "Nós somos trabalhadores. Meu irmão, que foi preso, teve carteira assinada. Agora, ele está sem emprego, mas faz ‘bicos' pra sustentar a família", protestou Ariosvaldo Messias de Oliveira, 32.

Depois de libertada, a empresária foi levada à DAS e, segundo informações da polícia, aparentemente não sofreu maus-tratos.




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