O Cruzeiro pode se igualar hoje ao São Paulo e se tornar o segundo clube brasileiro a levantar três vezes o troféu de campeão da Libertadores da América na final diante do Estudiantes, às 21h50, no Mineirão. As outras duas conquistas da Raposa foram em 1976 e 1997.

Como o primeiro duelo, em La Plata, terminou com empate sem gols, quem vencer leva a taça. Caso persista a igualdade, a decisão irá para a prorrogação e disputa por pênaltis.

Mas a torcida mineira está tranquila devido ao retrospecto do time em casa. No atual torneio, a equipe mantém aproveitamento de 100%: venceu os seis jogos disputados no Mineirão. Marcou 13 gols e sofreu apenas dois. Na estreia, derrotou o próprio Estudiantes por 3 a 0.

No elenco, porém, todos apostam numa nova batalha. Na partida de ida, o goleiro Fábio foi o destaque do Cruzeiro com boas defesas.

"A responsabilidade é nossa, a gente sabe disso", comentou o volante Ramires, que, negociado com o Benfica (Portugal), faz a sua despedida com a camisa azul.

Já o atacante Kléber não admite deixar o clube e fala até em disputar o título mundial. "A gente vai em busca disso aí (título da Libertadores), para que possa no final do ano jogar lá (em Abu Dabi) e conquistar o título mundial."

O técnico Adilson Batista pode se tornar o primeiro esportista do País a conquistar o título da competição como jogador (o ex-zagueiro era o capitão do Grêmio e ergueu a taça do bicampeonato do time gaúcho em 1995) e treinador. Ele deverá repetir a formação que iniciou a partida em La Plata.

Mesmo com o empate em casa e a obrigação de vencer, o Estudiantes chegou ao Brasil confiante. "A disputa está 50% a 50%. Confio na minha equipe", garantiu o técnico Alejandro Sabella.