A paralisação dos professores das universidades federais conta com adesão de 55 instituições, o que corresponde a mais de 90% das unidades de ensino federal do País, segundo o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). A greve dos educadores completou um mês no domingo e amanhã também fará 30 dias que estudantes da Unifesp Diadema decidiram apoiar os docentes do campus.

Os professores reivindicam reestruturação do plano de carreira, com divisão dos docentes em 13 níveis remuneratórios - variação de 5% entre eles a partir do piso de 20 horas correspondente ao salário-mínimo do Dieese, na faixa de R$ 2.329,35. Já os alunos defendem os educadores e cobram melhorias e mais investimentos para a Educação pública e, consequentemente, para as unidades em que estudam.

O Andes aguarda nova data para reunião com o governo, que desmarcou encontro agendado para terça-feira. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, argumentou que não houve condições de organizar reunião com sua equipe para que fossem discutidas propostas e seus impactos financeiros.

UFABC

A UFABC aderiu à mobilização no dia 5, junto com os estudantes. Na instituição de ensino federal, ontem foi dia de aula sobre Educação e Política. A ação faz parte de proposta de discutir temas e problemas que estão em evidência. A oportunidade de aprendizado será realizada no bloco Alfa da universidade, na Rua Arcturus, 3, em São Bernardo.

São cerca de 12 mil alunos sem aulas e 630 docentes de braços cruzados no Grande ABC.