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Risco de transmissão da gripe aviária para humanos é baixo, afirma médica
Thainá Lana
16/06/2025 | 18:22
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Arquivo/Agência Brasil

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Com a confirmação do caso de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade), conhecida como gripe aviária em Diadema – o primeiro do ano no Estado – a preocupação pela contaminação em humanos se intensifica. 

Segundo a infectologista Jessica Fernandes Ramos, a transmissão do vírus da gripe aviária para humanos é rara e ocorre principalmente por meio de contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas, ou com suas secreções e excreções. Profissionais que trabalham com aves, como granjeiros e veterinários, estão mais expostos ao risco. 

“Até o momento, não há evidências de transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Os sintomas da gripe aviária em humanos são semelhantes aos da gripe comum e podem incluir febre alta (acima de 38?°C), tosse, dor de garganta, dor no corpo, mal-estar geral, calafrios, fraqueza, entre outros”, destacou a médica.

Jessica reforçou ainda que não é necessário evitar o consumo de carne de frango ou ovos, desde que estejam devidamente cozidos. “O vírus H5N1 é sensível ao calor e é eliminado durante o cozimento. Recomenda-se evitar o consumo de carnes e ovos crus ou mal cozidos, como ovos com gema mole, para prevenir não apenas a gripe aviária, mas também outras infecções alimentares, como a salmonella.” 

Em 2024, o Estado de São Paulo registrou 111 notificações, com 25 coletas de amostras e apenas um foco de IAAP confirmado. Já em 2023, foram 251 notificações em São Paulo, das quais 107 resultaram em coletas de amostras e 53 casos de gripe aviária confirmados. Nenhum dos registros nos últimos dois anos ocorreu no Grande ABC.

Como se proteger?

A infectologista Jessica Fernandes Ramos explica como se prevenir em diferentes regiões:

Em áreas urbanas: evitar contato com aves silvestres, especialmente em parques e áreas arborizadas; não tocar em aves mortas ou doentes; acionar as autoridades sanitárias locais e manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos regularmente. 

Em áreas rurais: adquirir aves apenas de fornecedores com comprovação sanitária; evitar misturar diferentes espécies de aves no mesmo aviário e instalar telas nos galinheiros para impedir o acesso de aves silvestres. 

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