Diarinho Titulo Escavar, pesquisar e divulgar
Paleontologia mexe com imaginário de crianças e até de adultos

Ciência estuda a história de seres vivos que habitaram a Terra, como os dinossauros

Bianca Brisolla
Especial para o Diário
15/06/2025 | 15:32
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Claudinei Plaza/DGABC

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Você já imaginou como era a vida dos dinossauros na Terra antes da chegada dos humanos? Investigar isso – e a história de outros seres que viveram no planeta – é um dos objetivos da paleontologia, ciência que estuda os fósseis – restos ou vestígios preservados de plantas e animais – para entender a vida no passado. Neste domingo (15), é o Dia do Paleontólogo no Estado de São Paulo, data para celebrar esses profissionais.

Na região, a Estação Sabina Escola Parque do Conhecimento, em Santo André, oferece um espaço com fósseis e réplicas de dinossauros, além de outros materiais. E, naturalmente, a curiosidade pelos gigantes é maior. Entre as atrações, prendem a atenção a imitação do temido Tyrannosaurus rex, que encanta crianças e adolescentes. Ela tem12 metros de altura e é uma cópia da Peck’s Rex, encontrada em Montana, nos Estados Unidos. 

O espaço possui ainda tanque arqueológico que mostra o processo de escavação e estudo dos fósseis, e expositores com artefatos pré-históricos. A experiência é interativa e sensorial, pensada especialmente para as crianças aprenderem sobre a evolução, de forma divertida.

Luisa Caliari Fernandes, 6 anos, de São Bernardo, disse que não teria medo se vivesse em planeta com dinossauros. Acha, inclusive, que são “bem fofinhos”. “Acredito que não iria ficar com medo, nem por causa do tamanho deles. Se pudesse, levaria para casa”, destacou ela. “Gostaria de ser paleontóloga por um dia e explorar praias e montanhas. Se eu achasse um fóssil, tiraria fotos e ficaria feliz.”

Heitor Furtado Deodato, 5 anos, de Santo André, conhece bastante sobre dinossauros e também revelou os seus favoritos. “São o Mosasaurus, que vivia no mar e comia peixe. E o Giganotossauro, que ficava na terra e comia carne. Também gosto do herbívoro Anquilossauro, que tinha espinhos nas costas e batia com a cauda para se defender. Eu queria ser paleontólogo para achar ossos de dinossauros”, ressaltou.

Já Manuela Caliari Fernandes, 10 anos, de São Bernardo, confessou que teria receio (se encontrasse com um dinossauro). Mas disse que o pterodáctilo é sua espécie preferida. “Com certeza ele me comeria. Acho importante estudar para saber como era a vida antes. Se eu achasse um fóssil, ficaria com medo e ligaria para a polícia.”


Cuidado e paciência estão entre as principais virtudes

A paleontologia faz parte da carreira de Leonardo Marconato, 49 anos, morador da Capital. Formado em ciências biológicas, com mestrado em geociências e doutorado em ciências – sempre com foco em paleontologia –, o paulistano trabalha na área desde 1997, quando começou a fazer monitoria nos tempos de faculdade.

O especialista explica que os paleontólogos escavam e analisam os fósseis, montando grandes quebra-cabeças da história da vida no planeta. “A paleontologia ajuda a entender como funcionavam ambientes do passado”, afirma ele, ao destacar que, além de conhecimento, os desafios na profissão envolvem cuidado e paciência.

Especificamente sobre os dinossauros, foram descobertas várias espécies pelo mundo: carnívoros como o Tyrannosaurus rex; herbívoros chamados saurópodes e até os pequenos, com penas. Esses animais se espalharam pelos continentes, inclusive na América do Sul, mas desapareceram há cerca de 65 milhões de anos. A teoria mais aceita é que a extinção dos dinossauros ocorreu após choque de asteroide com a Terra

No Brasil, fósseis de vários animais já foram encontrados em Estados como Acre, Goiás, Ceará, Minas Gerais e São Paulo. Eles se formam junto aos sedimentos que depois se tornam rochas e imortalizam os restos.

De acordo com Marconato, “alguns fósseis encontrados no País são de peixes antigos, crocodilos extintos e mamíferos do passado. Além, claro, dos dinossauros”, diz. “Cada descoberta ajuda a entender cada pedacinho da história da Terra e o que estamos fazendo com ela.”

CINEMA

Apesar de filmes como Jurassic Park mostrarem dinossauros convivendo com humanos, na verdade isso não aconteceu. “Dinossauros e seres humanos nunca viveram juntos”, reforça o paleontólogo. E trazer esses animais de volta à vida é praticamente impossível. “É inviável, porque o DNA se degrada rapidamente e seria impossível reconstituir tudo como era antes”. Mesmo assim, estudar fósseis é uma aventura que tem contado a história da vida no planeta.

Cinema e dinossauros são atrações para crianças

O mês de junho está cheio de novidades na região para quem gosta de cinema e dinossauros. O filme Como Treinar o Seu Dragão, agora em versão com atores reais, já está em cartaz nas telonas. 

O filme conta a história de Soluço (Mason Thames), um jovem viking que vive na ilha de Berk, onde humanos e dragões vivem em guerra. Subestimado pelo pai, o chefe Stoico (Gerard Butler), Soluço busca provar seu valor, mas tudo muda quando ele captura um dragão, chamado Banguela, com quem cria amizade. A relação entre os dois desafia as tradições da aldeia.

Acompanhado pelo ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost) e por Astrid (Nico Parker), Soluço parte para uma jornada que ganha contornos mais sérios quando uma ameaça coloca em risco a sobrevivência de vikings e dragões.

A película pode ser assistida nas redes Cinemark, UCI, Cinépolis, Cine Araújo Mauá, Cinesystem, Cineflix, Playarte e Centerplex.

Já as crianças quem gostam de dinossauros podem estimular o espírito aventureiro no Jurassic Kids, situado na Praça de Eventos, no Piso L1, do Shopping São Bernardo Plaza. Atração tem circuito de brincadeiras e piscina de bolinhas. 




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