Um defeito no cabo de áudio do aparelho V3, da Motorola, deixou a estudante Adriana Souza, 23 anos, incomunicável na virada de ano. Nos últimos dias de 2007, o modelo ficou ‘mudo’. “Conseguia ouvir as pessoas, mas ninguém me escutava. Recebi diversas ligações e não podia atender. Estava viajando e não tinha como usar uma linha fixa”, conta.
De volta a Santo André, a consumidora procurou pela assistência técnica. “Entreguei o produto para conserto na metade de janeiro. Os técnicos resolveram, mas apenas por dois dias. Depois, tive de arrumar outro aparelho e levar o V3 para o conserto de novo.”
Na volta, os técnicos disseram que o aparelho estava oxidado e, por isso, a garantia estava suspensa. “É um absurdo, não deixei cair na água. Se o produto está oxidado, aconteceu na assistência”, revela.
Segundo o Procon de Santo André, o fabricante do produto responde pelos vícios de qualidade. Como a ocorrência que motivou a primeira visita à assistência técnica é idêntica à atual, está claro que trata-se do mesmo defeito, o que não justifica a negativa da empresa. A cliente pode, portanto, exigir a substituição do aparelho ou a devolução da quantia paga e corrigida.
Apesar da recusa inicial, a Motorola voltou atrás e garantiu que vai trocar o aparelho. A empresa esclarece, porém, que o caso não se encaixa em vício, já que os celulares da marca possuem mecanismo específico de detecção de entrada de líquidos.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.