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Promotoria suspeita de atividade ilícita da Di-All
Deh Oliveira
Do Diário do Grande ABC
25/04/2009 | 09:20
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Mesmo sem a conclusão da perícia do IC (Instituto de Criminalística) sobre as causas do incêndio que atingiu a Di-All Química, em 27 de março, no Jardim Ruyce, em Diadema, na avaliação do Ministério Público, as informações colhidas até o momento apontam para a prática de atividades ilegais pela empresa.

Embora não haja prova conclusiva, a suspeita mais forte é de que as substâncias armazenadas no local poderiam ser usadas para adulterar combustível, problema recorrente na região. Reforça a tese o fato de terem sido encontrados resíduos de produtos utilizados para esse fim. "Está ficando muito claro que havia material solvente no galpão", revela a promotora Eliana Saleiros, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Repressão e Prevenção ao Crime Organizado).

Autorizada para trabalhar no comércio de produtos de limpeza, a Di-All chegou a mudar o objeto da atividade, o que dispensou a necessidade de algumas vistorias.
A promotora afirmou que os donos da Di-All sequer ofereceram informações claras sobre a quantidade de empregados. A informação também não consta no Ministério do Trabalho. A desconfiança sobre a idoneidade da empresa levou o Ministério Público a requerer na Justiça o bloqueio dos bens dos donos da Di-All.

Para Eliana, a indisponibilidade dos bens não vai atrapalhar o pagamento de indenização das famílias que sofreram prejuízos devido ao incêndio que atingiu 18 casas da vizinhança, como alega a defesa dos sócios da empresa. "A ação não é só para indenizar prejuízos causados ao meio ambiente, inclui todo o meio ambiente urbano", explica a promotora. Segundo ela, não havia garantia de que a Di-All fosse cumprir o acordo extrajudicial para pagar os prejuízos.

 




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