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Terra Nova quer mais do que limite a caminhões
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
29/04/2011 | 07:19
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Moradores do bairro Terra Nova, em São Bernardo, demonstraram irritação com a ideia da Prefeitura, que quer instalar um limitador de altura na Rua Omar Dalbert. O objetivo do equipamento é evitar a circulação de caminhões pelas ruas do bairro, que abriga diversas empresas de logística.

O motivo do descontentamento é que, segundo a vizinhança, outras medidas mais importantes deveriam ser tomadas para diminuir os riscos oferecidos pelo trânsito local. "Até passa bastante caminhão, mas sou contra criar um controle específico para isso. Na minha opinião, deveria ser feito algo para amenizar o volume de veículos como um todo", avalia o comerciante Sérgio Monteiro, 60 anos.

Segundo Monteiro, o alto fluxo de veículos na rua é motivado pela ligação da rua acima, a Salim Mafud, com a Via Anchieta. O motorista que seguir até o fim chegará a um viaduto sobre o Km 25 da rodovia, que liga a Capital à Baixada Santista.

Para Raul Trindade, 75, o tráfego aumentou após a abertura do Trecho Sul do Rodoanel. 

ALTA VELOCIDADE
Para a comerciante Neide Silva, 44, o problema são os motoristas "que pisam fundo no acelerador" ao descer a rua. Próximo ao local existem três escolas públicas. "Isso aqui é uma loucura, o pessoal passa aqui a mil por hora. Fizemos uma reunião com a Prefeitura e pedimos a instalação de um semáforo e de uma lombada eletrônica", disse a comerciante.

Segundo ela, eventualmente a Prefeitura coloca radares móveis na via. "Quando tem radar, todo mundo se comporta. O problema é que não é sempre. A barreira é legal, mas acho mais importante proteger as crianças."

O aposentado Antonio Carvalho, 65, informou que, no dia 19, uma menina foi atropelada no bairro ao sair de um dos colégios.

Em nota, a Prefeitura informou que a decisão foi tomada após reuniões do Orçamento Participativo, com o objetivo de limitar a passagem de veículos pesados.

O diretor do DET (Departamento de Engenharia de Tráfego), Epeus Monteiro, foi procurado para comentar as outras reivindicações, mas não retornou os contatos até o fechamento desta edição.




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