Óbito foi registrado no município de Santo André em um paciente entre 50 a 64 anos; região acumula 2.468 casos da doença
Matéria atualizada às 18h33
O Grande ABC confirmou a primeira morte por dengue em 2025. O óbito foi registrado no município de Santo André, em uma mulher de 55 anos, segundo informações da Prefeitura. A paciente estava internada na rede pública de saúde e morreu no dia 22 de fevereiro, com resultado do exame emitido apenas na última segunda-feira (24). Essa é a terceira vítima fatal da doença contabilizada na Região Metropolitana de São Paulo, as outras duas mortes no ano foram em Caieiras e na Capital. No Estado, a doença matou 308 pessoas.
Outras duas mortes na região estão sendo investigadas pelo governo estadual, uma em Santo André e outra em São Bernardo. O primeiro óbito por dengue em 2024 no Grande ABC foi registrado no início de março, em Mauá. A vítima era mulher e não teve a idade revelada – segundo o governo estadual, tinha entre 35 e 49 anos. Já o segundo óbito foi contabilizado no mesmo mês, em Diadema.
O número de casos confirmados de dengue na região chegou a 2.468 até quinta-feira (27). No dia 19 de fevereiro, os sete municípios contabilizaram 371 ocorrências, ou seja, em 35 dias, as notificações aumentaram 565%. Santo André (674), Diadema (629) e Mauá (494) são as cidades com mais ocorrências confirmadas no período. Na sequência aparecem São Bernardo (421), São Caetano (233), Ribeirão Pires (12) e Rio Grande da Serra (5).
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Em São Paulo são 337.239 notificações confirmadas e outras 110.764 em investigação. Segundo o Ministério da Saúde, os casos de dengue crescem consideravelmente durante o verão por conta da alta incidência de chuvas. O acúmulo de água faz com que a proliferação do mosquito Aedes aegypti se intensifique.
Até o momento, nenhuma cidade do Grande ABC decretou situação de emergência em saúde pública para dengue - o Estado anunciou a adoção da medida no dia 19 de fevereiro. Na ocasião, as prefeituras justificaram que a situação epidemiológica nas cidades da região estava controlada, em comparação com o ano passado, e por isso a implementação do decreto não se justificava.
A situação de emergência é implantada sempre que o Estado atinge um índice de 300 casos confirmados da doença para cada 100 mil habitantes. A medida facilita ações de combate à doença, pois permite que os municípios destinem recursos sem necessidade de licitação e também possam receber verbas adicionais dos governos federal e estadual.
Combate a dengue
No dia 25 de janeiro, as prefeituras do Grande ABC iniciaram campanhas de combate a dengue, com ações de conscientização e medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, principal transmissor dos vírus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.
Entre as ações adotadas pelos municípios, estão conscientização da população por meio de visitas domiciliares e outras estratégias, monitoramento de pontos estratégicos que possuem grande quantidade de recipientes e que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito, monitoramento de imóveis públicos, bloqueio de casos suspeitos ou confirmados, avaliação de densidade larvária, nebulização e bloqueio de criadouros, entre outras ações.
No mês passado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou o repasse de R$ 228 milhões para apoiar os municípios paulistas no enfrentamento das arboviroses, incluindo o Grande ABC, com R$ 14 milhões, sendo metade equivalente à cota fixa do incentivo de gestão municipal e a outra metade proveniente dos recursos de enfrentamento à dengue.
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