Municípios justificam controle da situação epidemiológica; medida foi anunciada nesta quarta-feira (19) pelo Estado
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O Grande ABC não deve decretar situação de emergência em saúde pública para dengue, assim como anunciou o Estado nesta quarta-feira (19). Segundo justificaram as prefeituras, a situação epidemiológica nos municípios está controlada, em comparação com fevereiro do ano passado, e por isso a adoação da medida não se justifica.
O decreto é implantado sempre que o Estado atinge um índice de 300 casos confirmados da doença para cada 100 mil habitantes. Segundo a Secretaria da Saúde, 225 municípios paulistas já registraram essa marca. A medida facilita ações de combate à doença, pois permite que os municípios destinem recursos sem necessidade de licitação e também possam receber verbas adicionais dos governos federal e estadual.
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São Paulo contabilizou, até esta quarta-feira, 124.038 casos, sendo 368 notificações da doença no Grande ABC. Além das ocorrências confirmadas, os dados mais recentes do Painel de Arboviroses do governo estadual registram 113 óbitos de dengue no Estado e 233 mortes em investigação. Até o momento, as sete cidades da região não tiveram óbitos pela doença, mas uma morte suspeita em São Bernardo está sendo investigada.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de ocorrências cresceu 128% em São Paulo. Na terceira semana de fevereiro de 2024, o Estado contabilizava 54.270 ocorrências da doença e 38 óbitos confirmados - alta de 197% em um ano.
Já na região, o cenário é inverso, as notificações registradas no ano passado eram maiores. Em fevereiro de 2024, o Grande ABC contabilizava 1.166 casos confirmados ante 368 neste ano. Em relação ao número de vítimas fatais, a região já registrava uma morte pela doença, enquanto até esta quarta-feira nenhum óbito foi confirmado.
Apesar de não acatar o decreto estadual, Santo André, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, informaram que continuam monitorando a evolução da doença nas cidades e seguem realizando ações de combate e controle da dengue. O município diademense informou que aguarda orientações da Secretaria de Estado da Saúde e o Paço de São Bernardo não respondeu se irá adotar a medida.
No ano passado, a situação emergencial para dengue foi decretada no Estado no começo de março, enquanto, na região, a medida foi anunciada no fim do mesmo mês pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e contemplou as cinco cidades integrantes do colegiado na época (Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).
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Região mantém decreto de emergência para dengue
Investimentos
Além do estado de emergência, o secretário de Saúde, Eleuses Paiva, anunciou nesta quarta-feira investimentos e estratégias de combate à proliferação do Aedes aegypti após reunião no COE (Centro de Operações de Emergências), no Instituto Butantan.
Entre as medidas anunciadas por Paiva está o investimento de R$ 3 milhões na aquisição de 100 novos equipamentos de nebulização portátil e mais 10 de nebulização ambiental. Ao todo, o governo de São Paulo informou que disponibiliza 730 máquinas portáteis e 55 pesadas para o combate ao mosquito transmissor da dengue.
Para apoiar municípios que enfrentarem dificuldade no abastecimento das unidades de saúde, a Secretaria de Estado da Saúde reforçou o estoque com 32 milhões de medicamentos, como sais de reidratação oral, soro fisiológico e antitérmicos para o tratamento de pacientes.
A Pasta ambém anunciou o aumento do financiamento para internações de pacientes com dengue. “O acréscimo de 20% no teto MAC (Média e Alta Complexidade) impacta diretamente na assistência prestada pelos hospitais e unidades de saúde conveniadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) em todas as regiões do Estado”, ressaltou a Pasta.
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