O novo equipamento vai automatizar a extração dos exames e terá capacidade para realizar cerca de 500 amostras por dia. “Atualmente esse serviço é feito por funcionários que serão destacados para outras funções e assim diminuir ciclicamente a espera”, disse o superintendente do instituto, Sebastião André de Felice. A licitação para a compra do equipamento que automatizará a extração do DNA deve ser aberta nessa semana e a máquina deve entrar em funcionamento ainda nesse ano.
Atualmente, cerca de 500 casos do Grande ABC são feitos pelo Imesc. Em média, cada uma dessas pessoas espera até um ano para ter o resultado. “Mas esse intervalo já foi bem maior. Trabalhamos pensando em diminuir ainda mais essa espera”, disse o superintendente do Imesc.
Segundo Felice, o agendamento depende ainda da intimação do juiz. “Não adianta a gente acelerar o processo se entre marcarmos a data do exame e o juiz comunicar os envolvidos demora cerca de três meses. Nesse prazo não temos muito o que mexer. Mas a partir da realização da exame, espero entregar isso no mesmo mês.”
O limite estabelecido para a realização de exames no Imesc fará com que três laboratórios ligados à USP (Universidade de São Paulo) e à Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) façam os testes.
“Em média, fazemos cerca de 1,4 mil exames mesmo, mas estabelecendo esse teto podemos diminuir um pouco essa fila de espera, já que aceleramos essa média aqui e o que ultrapassar mandamos para os laboratórios, o que nos dará um fôlego”, afirmou o superintendente do Imesc.
Explosão – No ano passado, o Imesc realizou 11 mil perícias, número quase equivalente a todos os exames realizados no período entre 1979 a 1994. De 1995 a 2002, houve aumento de 414% no número de testes. Em 1995, a demora para a realização de um teste era de 25 meses. Atualmente, gira em torno de oito meses. “Os casos que demoram mais do que isso são aqueles em que temos de fazer mais de uma vez o procedimento para saber com certeza a paternidade”, disse Felice.
Quanto à quantidade de procedimentos realizados no Grande ABC, o superintendente disse que é um número significativo. “Uma média de 500 casos em cerca de 11 mil que fizemos no ano passado, quer dizer que a região está atenta à realização desse exame para reconhecer a paternidade.”
Atualmente o Imesc realiza cerca de 1,4 mil exames por dia. O governo estadual paga R$ 600 por teste; em laboratórios particulares o exame custa entre R$ 800 a R$ 1,2 mil.
O Imesc também faz testes particulares, mas a pessoa tem de entrar na mesma fila de espera de oito meses, enquanto nos laboratórios o procedimento demora cerca de um mês.
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