O alerta de terremoto disparado para celulares do sistema operacional Android em cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro na madrugada desta sexta-feira (14) não passou de um susto e a Defesa Civil negou qualquer tremor. Apesar disso, o brasileiro aproveitou o momento de desespero para liberar a criatividade e as redes sociais foram inundadas por memes. 

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Brasil pode ter terremoto e tsunami?

Algumas pessoas brincaram com a possibilidade do alerta ter sido enviado por um invasor no sistema. "O hacker em casa vendo o povo brasileiro tudo com o c* na mão após ele soltar um alerta de terremoto KKKKKKKKKKKK muito bom", escreveu um internauta. Outros chegaram a apontar que iriam atrás dos professores de geografia para tirar satisfações. "Batendo na porta da minha professora de geografia que prometeu que nunca teria terremoto no Brasil", diz outro comentário.

Já parte da web ironizou a Defesa Civil estar enviando diversos alertas nos últimos dias para as fortes chuvas que tem sido registradas nos últimos dias. "O funcionário da Defesa Civil sem nada para fazer e descobrindo que também dá para mandar alerta de terremoto, furacão e ataque zumbi", brincou um internauta. "A Defesa Civil aprendeu a mandar alerta e agora até terremoto tá tendo em São Paulo", apontou outro. 

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Outros levaram a situação para outro nível e repercutiram o medo de morrer fazendo algo que não gosta. "Abri o notebook e liguei o tablet para estudar e chegou notificação de terremoto. Desligando tudo novamente pois me recuso morrer estudando, tô fora", disse uma pessoa.

Entenda

A mensagem disparada para moradores de cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro na madrugada desta sexta-feira (14) falava de registro de tremores de terra no litoral norte paulista, com epicentro a cerca de 55 quilômetros de Ubatuba.

Para diferentes lugares entre os dois Estados, a mensagem - disparada por volta das 2h20 - mencionava diferentes níveis de abalo sísmico - entre 4,4 e 5,5 de magnitude. A Defesa Civil paulista, porém, disse não ter registrado nenhuma ocorrência do tipo.

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"A Defesa Civil do Estado de SP esclarece que não emitiu nenhum alerta de terremoto na madrugada desta sexta-feira (14)", informa o órgão, em nota. Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), continua a Defesa Civil, "não foi registrado nenhum abalo sísmico no Estado". Tampouco as defesas civis municipais fizeram algum atendimento nesse sentido.

O site do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora abalos sísmicos em todo o planeta, também não aponta para ocorrências de tremores de terra perto do litoral de São Paulo.

Terremotos não costumam ocorrer no Brasil, por conta posição geográfica do País, bem no meio de uma placa tectônica. Isso não significa, porém, que seja impossível sentir tremores advindos de abalos sísmicos que ocorrem em regiões próximas.

Qual foi o maior tremor de terra já registrado no Brasil?

O maior tremor de terra já registrado no Brasil ocorreu na Amazônia, a 614,5 quilômetros de profundidade, o que permite a dissipação da energia. Não houve vítimas ou prejuízos graves registrados. Segundo os geólogos, um tremor nessa profundidade dificilmente é sentido pela população.

Os sistemas indicaram como epicentro uma área no interior do Amazonas, perto da divisa com o Acre. O abalo sísmico teve 6,6 pontos na escala Richter.

Os tremores ocorrem porque a região está próxima da Cordilheira dos Andes, uma das zonas com maior atividade sísmica do planeta. Nas últimas cinco décadas, houve quase cem abalos sísmicos em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá (AC), segundo o Serviço Geológico americano. Nenhum deles, porém, teve consequências severas.

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A escala Richter, criada na década de 1930 para medir terremotos, aumenta de forma logarítimica, de modo que cada ponto de aumento significa um aumento 10 vezes maior. A magnitude está ligada à quantidade de energia liberada pelo abalo sísmico.

Segundo o Serviço Geológico Brasileiro, se um terremoto atingir magnitude 9 na Escala Richter, causará uma rachadura que cortará a crosta terrestre numa distância igual à que separa o Rio de São Paulo, com cada bloco se afastando 10 metros em relação ao outro. Em 90% dos casos, diz o órgão, a magnitude não passa de 7 graus.