Política Titulo No vermelho
Taka apresenta relatório financeiro que aponta dívida de R$ 2,5 bilhões

Rombo orçamentário herdado do governo Filippi pode chegar a R$ 4,2 bi

Wilson Guardia
27/01/2025 | 23:45
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Denis Maciel

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Taka Yamauchi (MDB). prefeito de Diadema, apresentou ontem à tarde o primeiro relatório das dívidas herdadas da gestão José de Filippi Júnior (PT), que se encerrou em 31 de dezembro. Segundo o emedebista, o rombo orçamentário é de R$ 2,5 bilhões e que pode chegar a R$ 4,2 bilhões. Além disso, o chefe do Executivo, em encontro com a imprensa, apresentou ações prioritárias para os primeiros 100 dias de governo e afirmou que o Orçamento deste ano está “superestimado”.
“Nossa principal dificuldade é encontrar um equilíbrio financeiro, uma vez que a dívida de hoje de Diadema pode chegar a R$ 4,2 bilhões – R$ 2,5 bilhões já estão estão constatados. Esses números atrapalham em muito nossas conquistas. O Orçamento de R$ 2,9 bilhões, aprovado pela Câmara, está superestimado. A gente sabe que Orçamento real é R$ 1,3 bilhão, algo muito diferente dos números anunciados”, disse Taka.
José Luiz Gavinelli, secretário de Finanças de Diadema, antes de iniciar a apresentação dos relatórios, declarou que vê “situação caótica”. Ele reforçou a fala de Taka de “total desequilíbrio fiscal” e demonstrou que atualmente “despesas superam receitas e Diadema só consegue pagar 70% das despesas atuais”, excluindo-se – como ressalvou – as dívidas herdadas.
O Ipred (Instituto de Previdência de Diadema) acumula débito de R$ 1,2 bilhão e só consegue se manter até março. Outros R$ 900 milhões são dívidas com a União renegociadas e não pagas. Com isso, a instituição garantidora, o Banco do Brasil, mensalmente sequestra a valores referentes ao FPM (Fundo de Participação dos Municípios) depositado pela União. Outros R$ 439,8 milhões referem-se restos a pagar e dívidas variadas. O valor estimado de déficit de R$ 4,2 bilhões pode envolver contratos não empenhados.
Os relatórios foram apresentados em um documento no qual estão compilados seis eixos de ações prioritárias que deverão ser executadas nos primeiros meses de governo. As frentes a serem atacadas nos 100 dias estão ligadas às áreas de zeladoria, Educação, Segurança, Saúde e Desenvolvimento Social e Econômico.
Para conter as despesas, Taka, que recentemente anunciou contingenciamento de 30% dos gastos, vai revisar contratos e adotar outras medidas de austeridade.
Procurado, Filippi não se manifestou. 




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