O medo dos investidores com o perigo de um ataque militar norte-americano contra o Afeganistão foi maior que a euforia promovida com o corte já esperado de meio ponto na taxa de juros dos EUA, confirmado nesta terça-feira pelo Federal Reserve (FED, o Banco Central americano). A possibilidade de uma guerra mundial tem levado os investidores a uma forte busca por 'hedge', ou proteção financeira com a compra de moeda sólida.
O Banco Central não interveio no câmbio, além do derramamento diário de aproximadamente R$ 50 milhões para irrigação do mercado. O governo anunciou nesta terça-feira que vai leiloar, em outubro, até R$ 16 bilhões em Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Ainda segundo BC, para este mês estão previstos vencimentos de R$ 13,8 bilhões em títulos, exceto papéis cambiais.
A bolsa de valores de São Paulo repetiu a tendência do primeiro pregão da semana e fechou esta terça-feira em baixa de 1,43% (10.350 pontos), com movimentação financeira de R$ 401,372 milhões.
Outro destaque negativo do dia, nesta terça-feira, foi a queda acentuada do índice MerVal, da bolsa de valores de Buenos Aires: 4,34% (230,76 pontos). A taxa de risco do país subiu de 1.645 para 1.695 pontos básicos.
Se a decisão do FED em baixar os juros para 2,5% ao ano - o índice mais baixo desde 1962 -, não animou os mercados brasileiro e argentino, repercutiu bem nos EUA. O índice Dow Jones encerrou esta terça-feira em alta de 1,28% (8.950,59 pontos). O Nasdaq subiu 0,8% (1.492,33 pontos).
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