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Condepe quer fiscalização da PF sobre vigias ilegais
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
29/07/2008 | 07:11
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Orlando Filho/DGABC


O Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) requisitou informações sobre as atividades da Polícia Federal em relação ao setor de vigilância privada no Estado de São Paulo. A entidade manifestou preocupação com a presença de vigias clandestinos e despreparados nos municípios paulistas, como mostrado por reportagem publicada anteontem no Diário.

O conselho aponta 139 mil profissionais legalizados no Estado. Outros 600 mil atuariam na ilegalidade. O secretário-geral do Condepe, Ariel de Castro Alves, aponta a necessidade de fiscalização intensa. "A gente vê um papel importante da PF em uma série de casos relevantes. Ela também precisa voltar a atenção para este problema, que é bastante grave."

A participação da Polícia Civil neste processo é vista como fundamental pelo representante do conselho. "Não pode se omitir nesta questão. É preciso coibir a privatização da segurança pública, que é algo inaceitável", diz.

O despreparo dos vigias é apontado como um problema que pode trazer graves conseqüências para a sociedade como um todo. "Geram mais insegurança, na verdade. São estruturas precárias na maioria das vezes", explica.

A formação de milícias seria um passo adiante em relação ao momento atual. "É perigoso que isso venha a acontecer. Tem também a possibilidade de envolvimento direto com o crime", afirma.

A regulamentação dessa categoria é apontada como saída para o problema. O Condepe espera também que o Estado freie a expansão da vigilância privada. "Queremos que seja exceção, não a regra. A regra tem de ser a segurança pública", afirma.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública se pronunciará hoje sobre o caso.




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