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- O mundo é uma máquina de moer mulher. A maior dor que eu passei não foi ter sido agredida, foi o que a sociedade fez comigo depois. Estava em uma época que não era um movimento comum o do fim da violência contra a mulher, iniciou ela.
- Então, o que aconteceu: quando eu fui lá e denunciei a violência, as pessoas me espezinharam, a sociedade me espezinhou... Eu não tive suporte de absolutamente ninguém que não fossem os meus pais, os meus cinco amigos que souberam e o meu terapeuta, continuou.
Luana ainda contou situações desagradáveis que ela via na época, e como ela, sendo mulher, foi interpretada.
- As pessoas diziam que eu tinha feito aquilo porque eu queria aparecer, queria chamar atenção. E existiam milhares, milhões de mulheres que falavam: Vem bater em mim, porque o cara era considerado bonito, sex symbol, revelou a atriz.
- Mas o que atrapalha muito a nossa luta são as mulheres machistas, que são quase um terço do planeta machista. Enquanto as mulheres forem machistas, elas dão forças aos homens machistas, finalizou Luana.
Ainda na mesma conversa, a atriz refletiu sobre a pressão estética que as mulheres carregam e destacou como a publicidade tem ajudado a reforçar esses padrões vendendo pessoas perfeitas.
- O que tem que ser divulgado é que a perfeição não existe. Vamos acabar com esse marketing de marcas de telefonia e produtos para jovens que ficam vendendo esse povo lindo, feliz, perfeito, sabe?, refletiu ela.
- Isso não existe, não existe perfeição. Ninguém é perfeito, ninguém se sente perfeito. Nem a pessoa que a gente acha mais linda se sente perfeita. Então, tem que cortar isso, explicou Piovani.
Luana ainda relembrou um episódio onde sua mãe a levou no médico, pois queria que ela fosse mais alta.
- O médico disse: A gente corta aqui, abre o joelho, bota um ferro e você ganha 10 centímetros, mas vai ficar dois anos na fisioterapia, contou.
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