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Antecipada ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a decisão do governo federal de bloquear cerca de R$ 5 bilhões no Orçamento Geral da União para 2024 é reflexo claro das pressões enfrentadas para equilibrar as contas públicas. Ainda que a arrecadação esteja alinhada às expectativas, a necessidade de ajustes no planejamento financeiro demonstra a importância de preservar o compromisso com a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). A aplicação dos cortes, apesar de impopular, surge como medida indispensável para evitar que o País caminhe para déficits insustentáveis, especialmente em um contexto onde o contribuinte brasileiro já suporta uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo.
Medidas de austeridade são imprescindíveis tanto para o cumprimento de metas fiscais quanto para assegurar a saúde financeira do Estado a longo prazo. O Brasil precisa enfrentar os desafios fiscais com seriedade, estabelecendo limites claros para o gasto público e buscando eficiência na aplicação dos recursos arrecadados. Manobras orçamentárias, como a exclusão de despesas do marco fiscal, podem trazer alívio momentâneo, mas não resolvem a necessidade de reformas estruturais que reduzam a dependência de créditos extraordinários. A disciplina financeira, nesse cenário, é o caminho para evitar desequilíbrios que penalizem ainda mais os cidadãos, seja por meio de novos tributos ou pela deterioração dos serviços públicos.
É fundamental que o governo adote uma postura mais rigorosa no controle das despesas e busque alternativas para promover o crescimento sem ampliar o peso sobre os ombros da população, que já está arriada pelo pagamento de tributos cada vez mais escorchantes – e, aparentemente, nunca suficientes para quitar as despesas públicas. A consolidação de um modelo sustentável, que combine responsabilidade na gestão das contas com estímulo à produtividade, é o que permitirá ao País alcançar maior estabilidade. O equilíbrio fiscal não deve ser visto apenas como uma meta contábil, mas como estratégia essencial para garantir que o Brasil possa atender às demandas sociais sem comprometer sua viabilidade econômica.
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