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O caso da gestão Auricchio
Da Redação
11/11/2024 | 20:52
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Banco de Dados/DGABC


O governo de José Auricchio Júnior (PSD) chega ao término, em São Caetano, sob o signo do desequilíbrio financeiro que compromete compromissos importantes, como o pagamento de bônus aos médicos – conforme relata reportagem publicada hoje pelo Diário. A situação evidencia a falta de planejamento adequado que marcou a administração. O atraso na quitação das bonificações, admitido como falha administrativa pela própria secretaria de Saúde, representa mais que simples erro técnico: aponta para um modelo de gestão que priorizou intervenções e obras de pouca relevância em detrimento de investimentos consistentes em setores essenciais, como o da saúde pública. 

A escolha por obras que não atendem diretamente às necessidades da população, associada a programas como o de metas na saúde que impuseram desafios consideráveis aos profissionais, enfraquece a credibilidade da administração. O plano de reduzir o tempo de consulta para aumentar a quantidade de atendimentos, sem garantir suporte e pagamento das bonificações prometidas, reflete a adoção de medidas de impacto imediato, mas com pouca sustentação a longo prazo. Em meio a essa abordagem, os médicos foram obrigados a enfrentar condições de trabalho desfavoráveis, e muitos acabaram abandonando seus postos, gerando déficit que agravou ainda mais o serviço oferecido.

A justificativa do secretário Guilherme Crepaldi Esposito, de que a falha no pagamento se deve a questões administrativas, não é capaz de esconder questão mais abrangente: Auricchio priorizou gastos que poderiam ter sido direcionados para fortalecer a saúde. O resultado desse modelo é uma Prefeitura em dificuldades para honrar obrigações enquanto as demandas da população seguem crescendo. A escolha por obras e intervenções que não priorizam o atendimento direto à população comprometeu o bem-estar de uma cidade que agora enfrenta, nos últimos dias de governo, os reflexos de desequilíbrio em setores essenciais. Por sorte, 31 de dezembro, que marca o fim da atual gestão, está próximo.




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