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O mercado automotivo no Brasil passa por um momento histórico de investimentos e uma revolução na adaptação das montadoras aos novos modelos de veículos. Mas para o presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, se o País focar apenas nos elétricos, toda uma cadeia produtiva será afetada. “A transição da mobilidade do Brasil para o carro elétrico, em um país que tem o biocombustível, o etanol, não seria boa para o país e muito menos para o Grande ABC. Se a gente ficar vendo a chegada de navios carregados de veículos elétricos vindos da China isso vai se tornar uma grande furada para o Brasil”, afirmou.
Em uma conversa exclusiva com o Diário durante evento da agência em Bangkok, capital tailandesa, Viana explicou que um carro elétrico tem de 500 a 600 componentes, enquanto um a combustão tradicional tem cerca de 6.000 peças. Ressaltou também que cada cidade do Brasil tem pelo menos uma rua de lojas de autopeças. “A alta capilaridade, já que o Brasil fez a opção pelo carro e não pelo trem, é algo que vai mudar muito e isso afeta diretamente o Grande ABC, porque toda uma indústria de reposição vai ter uma sobrevida de 15 ou 20 anos no máximo, até vir completamente o carro de hidrogênio e o elétrico”, justificou.
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