Estímulo é para que repertório cultural, com referências audiovisuais, enriqueça os textos; inscrições do concurso foram prorrogadas até dia 4
Um vasto repertório cultural e a capacidade de explorar o tema abordado são algumas das ferramentas para ter um bom resultado no 18º Desafio de Redação, promovido pelo Diário. Segundo especialistas, vincular o assunto do texto a referências históricas – e também a séries, músicas ou filmes – é uma boa estratégia na hora de organizar as ideias.
Para aqueles que ainda não se candidataram para a edição deste ano do maior concurso literário do Grande ABC, as inscrições foram prorrogadas até sexta-feira (4) e podem ser feitas pelo site www.dgabc.com.br/desafioredacao.
A professora Roseli dos Anjos, da Etec (Escola Técnica Estadual) Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Diadema, afirma ser um diferencial usufruir de referências audiovisuais na hora da criação textual.
“Há muitos estudantes que gostam de rap. O grupo Racionais MC’s, por exemplo, tem diversas músicas que podem ser usadas para explicar contextos sociais. A princípio, fazer uma redação parece algo inatingível, mas a partir do momento em que os alunos entendem que podem aplicar esses conteúdos no texto, eles se empolgam. Parece que vira uma chavinha”, relata a docente, que criou um curso de redação na Etec.
Durante a pandemia, ela elaborou uma apostila com análise das temáticas cobradas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), aprendizados sobre repertório, habilidade textuais solicitadas em vestibulares e usos de conectivos, entre outros detalhes.
Roseli reforça que é essencial traçar quais são as informações que se tem sobre o tema e determinar qual será a linha de defesa em textos dissertativos-argumentativos.
Neste ano, o assunto do Desafio de Redação é “O impacto da Inteligência Artificial na vida real”. “É possível fazer uma tese por contraste. Se por um lado ela é utilizada para coisas maravilhosas, como na medicina, por outro lado conseguimos citar a manipulação de dados do usuário e a automatização dos trabalhos. A proposta de intervenção pode envolver estratégias para encontrar o equilíbrio no uso da Inteligência Artificial. Podemos propor que os funcionários tenham cursos para que saibam lidar com essa ferramenta, por exemplo.”
Em relação às séries e filmes, títulos como Black Mirror (2011 - presente), Westworld (2016 - presente), Devs (2020), Her (2013) e Matrix (1999) podem trazer bases para a criação textual do concurso.
VOCABULÁRIO
A professora Adriana Martins foi uma das ganhadoras da categoria V (para docentes) no ano passado e recebeu uma bolsa universitária na FSA (Fundação Santo André) para fazer pós-graduação. Segundo ela, a ideia de participar foi para incentivar os alunos, mas quando recebeu a notícia de que tinha sido premiada, enxergou o resultado como a materialização do reconhecimento de seu esforço.
Para ela, estar atento às regras gramáticas é crucial para uma boa nota.
“Além de se apropriar do tema, precisamos pensar no vocabulário. Não podemos usar gírias, marcas da oralidade. Precisamos adaptar nossa escrita para a norma padrão da língua portuguesa. Pontuação, regência e concordância são elementos que fazem parte do julgamento linguístico.”
Ela vai concorrer novamente no desafio literário e recomenda que os candidatos pesquisem o histórico do processo de surgimento da Inteligência Artificial como um todo.
“Sejam negativas ou positivas, precisamos falar das consequências (do uso dessa ferramenta) na redação. Quais são as áreas em que ela mais se sobrepõe, como ela reflete na vida das pessoas. Meu conselho é que o aluno também acesse o site do próprio Desafio de Redação e leia os textos de apoio.”
O concurso literário do Diário aceita candidaturas de alunos do ensino fundamental, ensino médio, EJA (Educação de Jovens e Adultos) e telessala, além de professores ou membros da comunidade com o ensino médio completo.
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