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Mercadista
Da Redação
24/09/2024 | 22:40
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Supermercadista profissional, mercadista na vida política. A decisão do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), de colocar mais um imóvel da Prefeitura à venda levanta questionamentos urgentes sobre a gestão dos próprios municipais. Na reta final de seu segundo mandato, o tucano lançou nesta terça-feira edital para a comercialização de uma área de 31 mil metros quadrados na Avenida Domingos Potomati, no bairro Batistini, avaliada em mais de R$ 20 milhões. A medida, que se soma a outras alienações recentes, segue sem justificativas claras à população, gerando desconfiança sobre os verdadeiros objetivos por trás dessa política de desmonte do patrimônio público. Uma dúvida: estaria o Paço à beira da insolvência?

Ao colocar à venda espaços públicos de maneira recorrente e sem transparência, o prefeito compromete o futuro da cidade e a capacidade de implementação de políticas que demandam espaços para equipamentos comunitários, como escolas, unidades de saúde e áreas de lazer. A prática de vender terrenos e imóveis municipais sem apresentar plano estruturado de reinvestimento desses recursos em benefícios claros para a comunidade revela gestão que prioriza o caixa imediato em detrimento das necessidades de longo prazo da população. A falta de explicação adequada reforça a percepção de que a administração está abrindo mão de bens valiosos sem a devida responsabilidade com o legado para as futuras gerações.

Orlando Morando deve à sociedade respostas objetivas sobre o porquê de seguir com essas alienações, especialmente em um momento tão sensível de sua gestão. A venda de ativos municipais não pode ser uma solução de curto prazo para questões fiscais ou políticas; precisa ser acompanhada de diálogo, justificativas robustas e uma visão de cidade que vá além do lucro imediato. O são-bernardense merece saber como esses recursos serão aplicados, quais impactos serão sentidos a longo prazo e de que forma a perda de espaços afetará a vida urbana. Sem essas respostas, as ações do prefeito parecem pouco mais que uma corrida apressada para se desfazer de bens públicos sem considerar o custo para o futuro do município.




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