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Marcio da Farmácia, candidato do Podemos a prefeito em Diadema, perdeu o apoio de Cleuton Soares, presidente municipal de seu partido e postulante a vereador. A dissidência dentro do núcleo podemista ocorre dez dias após Renata Abreu, presidente nacional do partido, visitar na cidade e garantir integral apoio da sigla ao prefeiturável.
O dissidente alega que o prefeiturável tem relações com o chefe do Executivo e candidato à reeleição, José de Filippi Júnior (PT). “As escolhas do candidato não estão em sintonia com os valores que defendo como pai, marido, cristão e como presidente do Podemos de Diadema (…) Infelizmente, os claros indícios de apoio do candidato Marcio da Farmácia ao atual prefeito nos distanciam dos ideais que defendo. Não posso compactuar com um projeto que perpetua uma administração”, discorreu Soares, em nota pública divulgada ontem.
Marcio da Farmácia é terceiro colocado na corrida eleitoral, com 8,1% das intenções de voto, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, a pedido do Diário, divulgado no dia 5 de setembro, com registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob código SP-01580/2024. O podemista foi alvo de material impresso apócrifo (sem identificação do autor) que o liga ao crime organizado.
Fotos dele com manchetes de portais de notícias da Capital foram distribuídos. O prefeiturável, proprietário de uma farmácia no Centro de Diadema, alega que o estabelecimento tem sido alvo de depredações e que ele e a família têm sido alvos de hostilização, seja no local de trabalho ou em agendas políticas.
O caso mais recente ocorreu quando um caminhão, da equipe de Taka Yamauchi (MDB), passou diante da drogaria e o locutor, conhecido como Zé Carlos, chamou Marcio de Farmácia de “bunda mole”.
Procurada, a equipe do emedebista explicou, por meio de nota, que durante “atividade de campanha do Movimento do Bem”, ao passar em frente à drogaria do podemista, a “equipe foi surpreendida por gritos de Marcio da Farmácia contra o locutor do carro de som”.
“Márcio tem atacado o candidato Taka Yamauchi de forma desequilibrada, adotando uma postura incoerente com o espírito democrático”, diz a assessoria do emedebista.
O candidato do Podemos, por meio de nota, manifestou-se sobre os assuntos abordados nesta reportagem e “lamentou” os fatos. “Causa estranheza os acontecimentos políticos em Diadema nos últimos dias. No último fim de semana, fui vítima de material apócrifo que atacava minha honra e de minha família. Meu comércio foi alvo de depredação e os ataques nas redes sociais contra mim ficaram sistemáticos, tudo isso no momento em que nossa candidatura demonstra um forte crescimento”, disse.
Marcio da Farmácia rechaça qualquer ligação com Filippi. “No debate da Rede Gospel mostrei que a cidade de Diadema desaprova o governo do PT pela tragédia na Segurança, no Desenvolvimento Econômico e, principalmente, pelo desastre na Saúde.”
O podemista ainda garantiu ser independente, ao não sinalizar apoio a nenhum candidato. “Também apontei a má gestão que o candidato Taka fez em Ribeirão Pires e na SPObras (na Capital). Desde então, a campanha do candidato do MDB tem enviado apoiadores para me hostilizar em frente ao meu comércio, na presença dos meus funcionários e da minha família.”
Por fim, Marcio da Farmácia comentou sobre a dissidência do presidente do partido. “Fato estranho e inusitado, mas não me desmotiva em nada.”
DISSIDENTES
Fontes próximas ao núcleo duro da campanha de Taka Yamauchi afirmaram que, nos próximos dias, de quatro a cinco pessoas devem desembarcar do grupo de Marcio da Farmácia para dar apoio a projeto encabeçado pelo emedebista.
A campanha de Taka também recebeu reforços da equipe de seu principal adversário na eleição. Conforme o Diário divulgou no início deste mês, militantes petistas manifestaram descontentamento com a ‘falta de legenda’ para Renato Moreni, o Renato do GEB, e decidiram apoiar a candidatura oposicionista.
O militante teve a candidatura à Câmara rejeitada pelo partido e alegou que “cerca de 700 filiados da sigla” consideravam seguir o mesmo caminho e deixar o partido em meio à campanha de reeleição de Filippi.
Entre nomes que saíram do projeto de reeleição estão os ex-secretários gerais do PT, Rodolfo Vicente e Eduardo Ayres. Agora, o coletivo decidiu apoiar a candidatura do emedebista à Prefeitura de Diadema “para readequar o projeto 2026”, conforme declararam.
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