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Socióloga pesquisa passado do Grande ABC, a dança e o patrimônio
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
07/06/2010 | 07:46
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Arlete Feriani não escolheu Ciências Sociais por vocação, mas porque acreditava que a interdisciplinaridade do curso lhe daria possibilidade de trabalhar em mundos diferentes, com o coletivo e com o indivíduo.

Dito e feito. A socióloga, hoje aposentada, mas ainda em atividade, tem no currículo trabalhos na secretária de Educação, Cultura e Esporte de São Bernardo e pesquisas sobre a história do Grande ABC. Também estudou a dança e, atualmente, dá aulas de educação patrimonial.

Arlete nasceu no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, em 1949, e até hoje está no município, mas em bairro vizinho, o Anchieta. Da cidade, só se mudou uma vez, para Santo André.

Foi em Santo André, também, que fez a faculdade de Ciências Sociais, durante a década de 1970, no Centro Universitário Fundação Santo André.

"Eu comecei a trabalhar no serviço público. No princípio, eu não exercia a profissão de socióloga, mas, depois, prestei serviço público e passei a trabalhar na secretária de Educação e Cultura de São Bernardo, onde fiquei por 26 anos."

O ofício de mergulhar no passado do Grande ABC começou em 1986, quando Arlete deixou suas funções no gabinete da Pasta e se transferiu para o setor de pesquisa da história da região.

Apesar de aposentada, esse trabalho Arlete ainda não abandonou. A socióloga fez curso de extensão em dança, com ênfase nas ações regionais, e presidiu o Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo).

Para Arlete, a rica história do Grande ABC, que remonta ao tempo da colonização dos portugueses, acaba sendo contada pela maioria da população somente após a chegada da indústria automobilística, a partir da década de 1950.

Na opinião da socióloga, corrigir a deficiência e fazer com que todos conheçam não só a história do Brasil e do mundo, mas, também, dos primórdios das setes cidades, é uma tarefa para a sala de aula.

Para Arlete, não só as pesquisas sobre o passado do Grande ABC e a preservação do seu patrimônio, mas também os movimentos artísticos que por aqui se desenvolvem não têm o espaço nem os recursos que precisam para sobreviver.

"A cultura não é o grande forte da região, que tem vocação industrial, Por outro lado, a diversidade de migrantes e imigrantes é muito grande, então precisamos incentivar, pois os investimentos na área são pequenos."




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