Secretário diz que tubos de transposição têm gerado poluição e degradação vegetal
ouça este conteúdo
|
readme
|
Focos de incêndio na Estrada Guilherme Pinto Monteiro e na Travessa Brasilino de Lima Pinto têm causado preocupação em Rio Grande da Serra. A primeira ocorrência foi no domingo (18), quando o fogo atingiu a tubulação da Sabesp nos locais. O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar os focos, mas o problema voltou a ser registrado nesta quarta-feira.
Segundo a Prefeitura, foram 225 mil metros quadrados de área atingida. O secretário municipal de Verde e Meio Ambiente, Vinicius Amante, diz que a companhia será autuada por degradação vegetal e poluição atmosférica.
“No domingo, nós tivemos o primeiro episódio, que foi combatido com muita dificuldade. Não sabemos qual foi o motivo, inclusive registramos boletim de ocorrência. Aparentemente são queimadas clandestinas. O munícipe vem, queima alguma coisa e isso atinge o tubo da Sabesp. São tubos desativados de transposição da companhia. Eles não são mais utilizados, mas são compostos de material inflamável, extremamente difícil de conter (o fogo), principalmente nesse tempo seco. Hoje (quarta), nós tivemos um novo foco”, relata Amante.
De acordo com o secretário, apesar de a Sabesp não ter nenhuma ligação direta com o princípio do incêndio, a atividade que é de responsabilidade deles gerou impacto ambiental. “Se o tubo não estivesse lá, obviamente não haveria essa queimada e nem o dano. Então, pelo risco da atividade, eles acabam sofrendo essa penalização. Nós pretendemos autuar. A multa tem que ser proporcional à extensão do prejuízo”, afirma. “A Sabesp é responsável pelos dutos, que estão inativos e não geram nenhum benefício, ao contrário. Toda a fumaça causada pelo incêndio também prejudica a saúde da população.”
Vinicius relata que, no domingo, a Sabesp enviou apenas alguns técnicos ao local do incêndio. Somente na quarta o suporte foi maior, quando a companhia auxiliou os bombeiros e a Defesa Civil com caminhão-pipa. “Um procedimento infracional, como qualquer outro, tem que ser submetido a um prazo recursal. A Sabesp vai ter a oportunidade de defesa. Mas, a princípio, eles serão autuados pelas infrações às leis municipais e, assim que esgotado esse prazo de recurso, a multa será lançada e eles se tornam devedores”, diz.
Questionada, a Sabesp reforça que os bombeiros estão atuando com apoio de equipes da companhia, caminhões-tanque e embarcações no local em que que a rede está em área alagada. “O incidente não afeta o abastecimento na região, já que a tubulação está inoperante. O sistema de transferência entre mananciais estava apto a ser utilizado em caso de necessidade, mas agora a Sabesp vai realizar a manutenção dos equipamentos danificados para que voltem à condição operacional.”
O Diário também perguntou para a Cetesb sobre os impactos desses focos e quais medidas serão tomadas. A agência estadual informou somente que o caso “está com a Sabesp e com a Prefeitura de Rio Grande da Serra”.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.