Leo do Moinho foi detido durante ação que contou com 1.200 agentes das forças públicas
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Uma megaoperação realizada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo), juntamente com diversas instituições públicas e forças de segurança do Estado, resultou na prisão de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Leo do Moinho, uma liderança da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) – outras 12 pessoas também foram presas, cinco em flagrante.
Segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), Leo do Moinho estava em liberdade condicional e é apontado como proprietário de hotéis e estabelecimentos comerciais da região central da Capital, registrados em nome de laranjas, e que eram considerados pontos de tráfico de drogas.
No total, foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão, 46 de arresto, sequestro e bloqueio de bens e 44 de interdição de imóveis comerciais, todos autorizados pela 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
Em balanço da operação, batizada como Salus et Dignitas (saúde e dignidade, em latim), as autoridades divulgaram que mais de 50 locais já haviam sido patrulhados – entre hospedarias, estacionamentos, ferros-velhos e lojas – e haviam sido apreendidos 122 aparelhos celulares, 23 computadores, HDs e 78 veículos haviam sido removidos da área.
Em nota, o MPSP afirmou que o objetivo da investigação é desarticular um “ecossistema de atividades ilícitas, controlado pelo PCC, explorado por diversos grupos criminosos organizados e caracterizado pela violação sistemática aos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade”.
A operação contou com mais de 1.200 policiais militares e civis, 327 viaturas e 30 cães farejadores, e é resultado de mais de um ano de trabalho de inteligência e investigação, de acordo com a SSP.
Entre as ações está a suspensão da atividade econômica de 44 prédios comerciais, considerados pontos de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro. Além da perda da licença, os imóveis serão lacrados pelas autoridades municipais para garantir que a atividade ilícita não volte a acontecer no local.
O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de segurança Pública, Guilherme Derrite, sobrevoaram a região e acompanharam o trabalho das forças de segurança, que atuaram em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual e a Prefeitura da Capital, além de agentes do governo do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público do Trabalho.
O governador usou as redes sociais para comentar a operação. “Vamos devolver o centro às pessoas”, disse no X.
GCMs
A operação mirou, além do tráfico de drogas, o comércio ilegal e receptação de peças de carros, armas e celulares, exploração da prostituição, captação ilegal de rádios transmissores da polícia e submissão de pessoas a trabalho análogo ao escravo.
Entre os alvos dos mandados de prisão estavam guardas-civis metropolitanos suspeitos de extorsão a comerciantes na Cracolândia e da venda ilegal de armas. Eles cobrariam uma taxa em troca de “proteção”. (com Agências)
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