Economia Titulo Após fechamento do setor
Trabalhadores da Basf iniciam greve na planta de São Bernardo

Eles contestam proposta para compensar o fim da produção de tintas automotivas

Nilton Valentim
20/06/2024 | 21:31
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FOTO: Divulgação

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Os trabalhadores da Basf de São Bernardo decidiram entrar em greve. Eles não aceitaram o pacote de compensações oferecido pela firma aos trabalhadores que serão afetados pelo fechamento do setor de tintas automotivas. A paralisação foi aprovada após a realização de três assembleias encabeçadas pelo Sindicato dos Químicos do ABC na portaria da firma.

Desde que a Basf comunicou a intenção de parar de fabricar tintas para o setor automotivo no Grande ABC e em Tortuguitas, na Argentina, três reuniões entre a os representantes da companhia, do sindicato e do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) foram realizadas. A última delas ocorreu no dia 19. 

Nesta quinta-feira (20), o sindicato submeteu aos trabalhadores as propostas apresentadas pela Basf e eles rejeitaram por unanimidade. A Segundo os representantes dos químicos, a companhia propôs a manutenção de 60 empregos, enquanto a estimativa do sindicato é de que 140 funcionários sejam impactados diretamente, e 12 meses de estabilidade. 

O sindicato formulou um contraproposta que inclui a manutenção dos empregos no setor de tintas automotivas e demais setores impactados, suspensão de qualquer demissão, manutenção do adicional de periculosidade com pagamento retroativo. Além de estabilidade de emprego até junho de 2029. 

Para os que aceitarem sair, 25 salários nominais, mais oito salários por ano trabalhado, 24 meses de convênio médico familiar com opção de recebimento em dinheiro. 

“Como gesto de boa fé e demonstrando que estamos sempre abertos à negociação, os trabalhadores aceitaram reduzir a contraproposta de pacote econômico em 20% o números de salários e em 33% no tempo do convênio médico, como foi reivindicado na assembleia do dia 12”, explica Fabio Lins, secretário de administração do sindicato.

POSICIONAMENTO

Por nota, a Basf confirmou a paralisação dos trabalhadores do setor de tintas automotivas. 

“A companhia respeita o direito a livre manifestação e acredita na negociação. Dessa maneira, atendendo as reivindicações do sindicato, apresentou uma nova proposta de manutenção efetiva de 60 empregos das áreas operacionais de Tintas Automotivas, o que representa 100% das posições operacionais que seriam impactadas com o encerramento das atividades desta unidade de negócios. A proposta no entanto não foi aceita pelo sindicato”, diz a nota. 

No comunicado a Basf declara que “segue aberta a dialogar e que não poupará esforços para garantir que o impacto sobre seus colaboradores e colaboradoras, parceiros, fornecedores e clientes seja o menor possível”.




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