Setecidades Titulo Em greve há três meses
Servidores e estudantes da educação federal realizam ato em Santo André

Os manifestantes exigem a recomposição de 10 anos de cortes no orçamento da Educação e um reajuste salarial para 2024

Da Redação
11/06/2024 | 08:12
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FOTO: Reprodução

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 Servidores da educação federal realizam uma manifestação em Santo André, envolvendo trabalhadores e estudantes da UFABC (Universidade Federal do ABC) nesta manhã de terça-feira (11). O protesto bloqueia a Avenida dos Estados em frente ao campus da universidade, e ocorre em um dia crucial para os TAEs (Técnicos Administrativos em Educação). Hoje, as entidades representativas da categoria - Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos) e o Sinasefe ( Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) - se reúnem com o MGI (Ministério de Gestão e Inovação), que representa o governo federal.

Em greve há três meses, os servidores da educação federal têm realizado atos e manifestações para sustentar  reivindicações durante as negociações com o governo federal. Os grevistas exigem a recomposição de 10 anos de cortes no orçamento da Educação e um reajuste salarial para 2024. O governo, no entanto, recusa atender a essas demandas, priorizando o cumprimento das metas de superávit fiscal e o pagamento dos juros da dívida pública, o que consome metade do orçamento da União.

Priscilla Santos, técnica administrativa na UFABC, comenta: “Estamos em greve há 90 dias devido às nossas condições de trabalho e financeiras. Desde 2010, acumulamos perdas salariais de até 50%, além de termos carreiras bastante defasadas. Somos a maior categoria do setor federal e temos as menores médias salariais”.

Após a greve dos técnicos, os professores também aderiram. As principais reivindicações incluem aumento salarial, reformulação da carreira e recomposição do orçamento das universidades e institutos federais. Atualmente, quase 70 universidades federais estão em greve. Felipe Franco, professor da UFABC, destaca: “95% da pesquisa no Brasil é realizada em universidades públicas. Durante a pandemia, foram essas instituições que desenvolveram exames diagnósticos de COVID-19 e vacinas. Nossa greve também defende a ciência e a pesquisa! A proposta do governo não atende à maioria dos professores, apesar de ser apresentada como uma boa oferta”.




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