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Enel na teoria e na prática
Da Redação
01/06/2024 | 09:30
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 As falhas no fornecimento de energia elétrica, principalmente após o apagão de novembro do ano ano passado, quando 556.621 residências ficaram às escuras no Grande ABC, jamais poderiam ficar impunes. Os transtornos em série convergiam sempre para a Enel, empresa responsável pela distribuição na Capital e na maioria dos municípios da Grande São Paulo.

O serviço prestado pela empresa, que já era mal avaliado pelos consumidores, foi ainda mais questionado. Pipocaram denúncias, reclamações, CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) em câmaras municipais e na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) – encerrada em dezembro –, sem contar as queixas de prefeitos – um aqui do Grande ABC chegou até a perder a linha quando estava diante da cúpula da companhia.

A apuração feita pelos deputados, que investigaram as práticas da Enel entre 2018 e 2023, resultou em um pedido para que fosse decretada intervenção na empresa, realização de uma auditoria e o fim do contrato com o Estado de São Paulo. Além disso, foi solicitado o indiciamento da cúpula da concessionária.

Em fevereiro deste ano, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aplicou multa de R$ 165,8 milhões por falhas relacionadas à demora excessiva no restabelecimento de energia elétrica, ao longo dos dois últimos anos, na Grande São Paulo. A Enel até recorreu, mas a Aneel manteve a penalidade.

Diante de tantos percalços, não tinha como a Enel seguir em frente da mesma forma. E, com isso, não é surpresa alguma a queda de Max Xavier do cargo de diretor-presidente. Assim como anteriormente aconteceu com o vice-presidente nacional Nicola Contugno, que pediu para sair no auge da crise.

Max Xavier, que em duas ocasiões esteve neste Diário, esbanja conhecimento sobre o tema energia elétrica. Entretanto, os resultados mostram que, na prática, a operação não estava funcionando de acordo com o que preconiza a teoria.




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