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Região teve 10.935 atendimentos de mal de Parkinson no ano passado

Consultas aumentaram 28,6% em comparação a 2022, segundo Estado

Beatriz Mirelle
15/04/2024 | 07:01
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 O Grande ABC teve 10.935 atendimentos ambulatoriais e nove internações no ano passado por causa de Parkinson, doença neurológica que interfere nos movimentos do paciente. O dado da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo representa aumento de 28,6% nas consultas relacionadas a doença registradas em 2022 (8.499). 

Apenas entre janeiro e fevereiro de 2024, a região contabilizou 1.330 atendimentos ambulatoriais e uma internação por Parkinson. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa doença afeta 4 milhões de pessoas no mundo. A última quinta-feira foi marcada pelo Dia Mundial de Conscientização do Parkinson.

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença, que não tem cura, é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. O tremor pode afetar dedos, mãos, queixo, a cabeça ou pés. 

“A identificação pode não ser fácil em idosos, pois várias doenças neurodegenerativas e não neurodegenerativas podem cursar com sintomas e sinais de Parkinsonismo. A eficácia diagnóstica está diretamente relacionada à história clínica detalhada, ao exame físico e à identificação dos sinais cardinais motores, bem como de outros sintomas não-motores que podem estar associados, como alterações do sono, depressão, alterações do olfato e constipação intestinal”, explica Maira Tonidandel Barbosa, médica geriatra titulada pela SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia). 

De acordo com a especialista, o tratamento de Parkinson visa o controle dos sintomas e deve ser realizado com equipe multidisciplinar, composta por profissionais como neurologista, geriatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, educador físico). “O objetivo é manter o paciente o maior tempo possível com autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico.”

AMBULATÓRIO

Na região, o FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) possui o Ambulatório de Distúrbios de Movimento, serviço de referência que atende mais de 250 pacientes da doença. “Os medicamentos correspondem a cerca de 40% do tratamento. O resto a gente cuida com a abordagem multidisciplinar, que ajuda a determinar os próximos passos no cuidado ao paciente e faz com que ele consiga viver bem, apesar das limitações”, comenta a neurologista Margarete de Jesus Carvalho, coordenadora do ambulatório de Distúrbios de Movimento.




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