Setecidades Titulo E em Ribeirão
Alunos andreenses são premiados na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia

Projeto “Auxílio Embarque”, que faz uso da robótica para inclusão de Deficientes Visuais, foi vencedor na categoria social do Prêmio Museu Paulista da USP (Universidade de São Paulo)

Da Redação
10/04/2024 | 15:16
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FOTO: Divulgação


Na 22ª edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), ao final de março, além da Etec de Ribeirão Pires, um colégio no Grande ABC foi premiado. Utilizando a inclusão, os alunos do Colégio Stocco de Santo André chegaram à final com projetos "Protótipo para auxiliar deficientes auditivos na aprendizagem da música" e "Auxílio Embarque: O Uso da Robótica para Inclusão de Deficientes Visuais". A vitória veio para o segundo material, na categoria social do Prêmio Museu Paulista da USP (Universidade Paulista de São Paulo).  

Nesta edição, participam do evento 498 estudantes, do ensino fundamental, médio e técnico de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal.

Como prêmio por terem sido vencedores da categoria, os estudantes terão a oportunidade de publicar o trabalho na revista científica Kur''yt''yba - Revista Multidisciplinar de Educação e Ciência, e participar da FeNaDante (Feira de Ciência e Tecnologia das Nações do Colégio Dante Alighieri), além de terem recebido livros com o acervo do Museu Paulista da USP, e um minicurso com especialistas da área de pesquisa científica. Os alunos também foram convidados para participar de um encontro com especialistas sobre pessoas com deficiência, tendo sido convidados pessoalmente pelo secretário dos direitos das pessoas com deficiência do Estado de São Paulo, Ignácio Maria Poveda Velasco.

"É uma coroação de todo processo que fizeram ao longo do ano, da importância do trabalho deles para a sociedade, afinal, ambas propostas visam a melhoria da vida das pessoas com deficiência", ressaltou Luís Gustavo Cordeiro Alves, professor do colégio que, inclusive, esteve entre os dez selecionados para a final do Prêmio Professor Destaque. 

PROPOSTA VITORIOSA

Luigi Ewen e Ícaro Gabriel Póvoa Pereira, alunos do 2º ano do Ensino Médio, foram os responsáveis pelo projeto “Auxílio Embarque”. Percebendo que pessoas com deficiência visual geralmente contam com auxílio de terceiros para pegar ônibus, eles desenvolveram o projeto proposto para ser instalado em lugares estratégicos do transporte público, como pontos e terminais de ônibus. 

O protótipo se resume em um painel que traz informações auditivas e em braile, fazendo contato com o ônibus via rádio frequência. O projeto também promove fácil entendimento aos motoristas, que podem ter informações como quem buscar, onde levar e quais cuidados devem ser tomados com aquele passageiro. 

Para testar a proposta, os alunos passaram por três etapas. Para começar, os autores foram até o Centro Paralímpico em São Paulo, onde ouviram 40 alunos de pós-graduação de educação física e mobilidade e dois deficientes visuais; depois a apuração estudantil foi até o Cadevi (Centro de Apoio ao Deficiente Visual), onde entrevistaram uma pessoa com deficiência visual para saber dos desafios no transporte público. Na última etapa, a coleta foi de dados no mesmo centro, onde entrevistaram 26 pessoas com deficiência visual para aprimorar o projeto.

"Nós acreditamos que se estamos incluindo as pessoas ajudando elas a terem mais autonomia na sociedade, nós estamos no caminho certo”, comentou Ícaro. 

ACESSIBILIDADE

Outro protótipo chegou à fase final da Febrace, desta vez para auxiliar deficientes auditivos na aprendizagem da música. De autoria das alunas Maria Luiza de Almeida Vaz e Gabriela Greco Nakaza, também do 2º Ano do Ensino Médio, o objetivo da proposta é permitir que, por vibrações, todos possam trocar instrumentos musicais.

EM RIBEIRÃO PIRES

A Etec Profª Maria Cristina Medeiros, de Ribeirão Pires, conquistou o terceiro lugar em Ciências Exatas com o projeto de saúde coletiva Rastreamento do movimento ocular utilizando visão computacional para auxílio na comunicação de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA).

O grupo formado pelos alunos Raíssa Bespalec Daloia, Pedro Nicolas Costa, Laura Esther Correia Jeronimo, foi orientado pelo professor Anderson Silva Vanin com coorientação da professora Cintia Maria de Araújo Pinho. Recém-formados no Curso Técnico de Informática para Internet, eles ainda ganharam o Prêmio Especial do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP)

“Termos sido escolhidos em meio a tantos projetos maravilhosos foi uma surpresa e um grande incentivo para seguirmos com tanta dedicação. Esses prêmios motivam os jovens a seguirem na ciência”, diz Raíssa, falando em nome de sua equipe.




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