Atualmente, Santo André é a única cidade da região que tem coleta seletiva com recolhimento nas casas. Nas demais, como São Bernardo, Diadema, São Caetano e Ribeirão Pires, o recolhimento funciona em pontos de coleta em escolas, praças e condomínios, onde a população deposita voluntariamente o lixo reciclável em caçambas e recipientes especiais.
Segundo o secretário de Serviços Urbanos de Mauá, Valdeir Ribeiro, o projeto de Coleta Seletiva nas Casas é uma ampliação da operação Cata-Bagulho, que recolhe nas residências da cidade materiais sem uso, de grande e médio portes. É, também, um complemento aos 25 PEVs (Postos de Entrega Voluntária), que funcionam em vários bairros da cidade.
“A coleta nas casas é um serviço mais social do que técnico. O objetivo é tirar das ruas as famílias que catam papelão e transformá-los em trabalhadores cooperados, com salário fixo e com trabalho de forma organizada”, disse Ribeiro.
Fases – De acordo com o coordenador de Obras de Mauá, Romildo Kamura, a coleta reciclável será feita pela empresa Sanurban (Saneamento Urbano). “A primeira fase com os postos de coleta servirá para educar a população a separar o lixo reciclável, além de preparar os cooperados para assumir a administração do projeto na segunda fase, com a coleta nas residências”, disse Kamura.
Mauá gera mensalmente 6,5 mil toneladas de lixo e a estimativa da Prefeitura é de que inicialmente haja 3% de triagem do lixo – quantidade separada pela população para recolhimento seletivo nos 100 postos –, o que significa 19,5 toneladas mensais. “À medida que a população aderir ao projeto, a quantidade de lixo reciclado aumentará, até acontecer de porta-a-porta”, afirmou o coordenador.
Com relação ao material reciclável, o projeto prevê a coleta de metal, papel e vidro, mas o foco principal será o material plástico, de pequeno porte. “As garrafas plásticas prejudicam muito o trabalho de limpeza, tanto dos rios quanto das ruas e bocas-de-lobo”, disse Ribeiro.
Cooperativa – A cooperativa dos catadores de lixo de Mauá será responsável, inicialmente, pela triagem do material recolhido e contará com 15 catadores. Na segunda fase, ao todo serão 40 catadores que assumirão também a administração e venda do material. A renda prevista é de R$ 300 por catador.
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