São Caetano contribui pouco com o lançamento de poluentes no Rio Tamanduateí. Essa é a conclusão preliminar de pesquisa da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), que está avaliando a qualidade dos rios e córregos do Grande ABC.

"Já fizemos duas das quatro coletas programadas para São Caetano. O que notamos é que são poucas as mudanças da situação da entrada e da saída do Rio Tamanduateí na cidade, como o nível de oxigênio, que se manteve", afirma a coordenadora do grupo de pesquisa e de análise do meio ambiente da USCS, Marta Marcondes.

De acordo com ela, a contribuição de cada cidade para a degradação dos leitos pode ser determinada pela comparação do nível de poluição das águas na entrada e saída dos rios e córregos.

São Caetano é a única cidade da região que coleta e envia para tratamento 100% do esgoto.

Serão feitas mais duas coletas, neste fim de semana e no fim do mês. "Após isso, vamos em março ter um levantamento da qualidade na cidade", pontua.

Em cada coleta são retiradas seis amostras do Rio Tamanduateí e córregos dos Meninos, Moinhos, Utinga e das Grotas. A partir da avaliação das amostras por laboratórios, vai ser feito um levantamento do nível de poluições dos canais, pelo IPH (Índice de Poluentes Hídricos)

Segundo Marta, há oito anos, a universidade colhe amostras na cidade. "Era um monitoramento da qualidade da água que sempre era péssima ou ruim. Mas queríamos verificar em quantidade o que isso significaria."

REGIÃO
Ao todo, a instituição espera colher amostras de cerca de 35 canais do Grande ABC até o fim do ano.

Marta explica que em São Bernardo já foi iniciada uma coleta paralela, por conta do Córrego dos Meninos, que passa pelo município e por São Caetano. "A partir do próximo mês, vamos mapear os rios e fazer as coletas para a análise. No fim do mês, o trabalho deve ser feito na nascente do Rio Tamanduateí, que inicia em Mauá e corta Santo André e São Caetano."

O trabalho é realizado por 30 alunos da universidade dos cursos de Farmácia e Gestão Ambiental.