"Vamos fazer operaçoes de surpresa em todos os locais de trabalho em protesto por causa do retrocesso nas negociaçoes", explicou o presidente do Sindicato dos Telefônicos (Sinttel), Jurandir Leite. Além da paralisaçao de duas horas, os funcionários adotarao outras medidas que só serao conhecidas no momento do protesto. A intençao dos telefônicos, segundo o dirigente, é aprovar sua greve junto a de outras categorias, como o magistério gaúcho e os juízes federais, que paralisam suas atividades no dia 28.
Em Porto Alegre, haverá outra assembléia na terça-feira para decidir se eles vao se unir aos outros movimentos. As outras regionais dos telefônicos realizam assembléia nesta segunda-feira para definir suas formas de mobilizaçao. "Esperamos que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicaçoes), que criou este pandemônio, resolva a situaçao", afirmou Leite. O governo gaúcho enviou, na semana passada, uma carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso pedindo providências da Anatel para assegurar a continuidade dos serviços da CRT.
As mudanças administrativas na CRT começaram no dia 4, quando a Anatel determinou o afastamento da Telefônica, acionista majoritária do consórcio Tele Brasil Sul (TBS). O grupo deveria ter negociado suas açoes até aquela data para cumprir o Plano Geral de Outorgas do setor, que lhe impede de deter o controle de duas telefônicas - já possui o da Telesp - em áreas diferentes. A Telefônica negocia o controle da CRT com o consórcio Tele Centro Sul (TCS), que administra a empresa em caráter temporário. No dia 17, a assembléia deveria ter escolhido o conselho de administraçao.
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