Os moradores de Santo André que precisaram passar por consultas no Pronto-Atendimento Central tiveram de esperar quatro horas por atendimento. Na recepção, e do lado de fora, a população cansava de esperar com a senha na mão. Nos consultórios, três médicos para atender a todos os usuários.

A ordem de prioridade de chamada também confundiu os pacientes. “Eles estão marcando as senhas à mão porque a máquina quebrou e chamam aleatoriamente”, reclamou Rosemeire Cortonezi, 36 anos. Ela chegou ao PA às 13h40 e só foi atendida quatro horas depois.

“Vim trazer minha irmã que está com um tumor na barriga e ela só foi atendida porque fizemos um escândalo”, relata a paciente.

O motorista Roberto Magato, 58 anos, chegou ao local às 14h e foi informado de que demoraria mais do que o normal para ser atendido. “É um absurdo. A gente paga imposto e quando precisa do serviço é feito de bobo”, indigna-se. Três horas depois de ter chegado, ele ainda tinha que esperar 50 pessoas que estavam na sua frente.

De acordo com a Prefeitura de Santo André, nesta segunda-feira, três médicos trabalhavam no PA Central.

O que motivou a demora teria sido o movimento acima do normal e os atendimentos de emergência que chegavam de ambulância. “Sempre que chega uma ambulância, o médico precisa parar o trabalho e priorizar a emergência”, explicou uma funcionária da Prefeitura.

A administração informou ainda que a distribuição manual de senhas não interfere na ordem de atendimento.