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Taka admite diálogo com Márcio da Farmácia

Pré-candidato do MDB em Diadema busca unir antipetismo para enfrentar Filippi

Wilson Guardia
30/01/2024 | 07:00
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FOTO: Evaldo Novelini/DGABC


Empresário e presidente da SPObras (Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo), Taka Yamauchi (MDB) admite que tem mantido conversas para atrair o ex-deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) para seu projeto eleitoral já no primeiro turno.

Segundo colocado na disputa eleitoral de 2020, perdendo para o prefeito José de Filippi Júnior (PT) por diferença de inferior a 6.000 votos, o emedebista afirma que é possível unir as forças antipetistas da cidade. Márcio apoiou Taka no segundo turno do pleito de quatro anos atrás e, agora, tem sustentado candidatura própria.

Em visita ao Diário, Taka apontou vislumbrar a construção de uma coalizão com dez partidos e que há caminho para ter Márcio ao seu lado. “É preciso ter sintonia e ideais parecidos”, discorre o emedebista. “Temos a mesma raia de eleitores e sintonia contra a esquerda. Vejo com bons olhos essa configuração mais ampla”, discorreu.

Márcio foi vereador, vice-prefeito na gestão de Lauro Michels (PV) e deputado estadual. Em 2022, porém, não conseguiu se reeleger. Desde o fim do ano passado vem construindo sua candidatura à Prefeitura de Diadema e tem como padrinho político o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) – Taka, por sua vez, tem alinhamento político com o ex-prefeito de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira (MDB) e com o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB).

Assim como aconteceu em 2020, Taka voltou a rechaçar o apoio de Lauro. Ele argumentou que a cidade se reveza nas últimas cinco décadas entre figuras da família Michels e quadros do PT e que o município não avança diante desses dois modelos de governo. “Sou antiPT e sou contra a gestão da família Michels que não fez nada bem para Diadema.”

A estratégia de Taka é mirar fogo no governo Filippi, que já foi escalado pelo PT para tentar conquistar seu quinto mandato. Segundo o emedebista, o rival praticou “estelionato eleitoral” em 2020, ao prometer série de itens sem cumprir – na visão de Taka, o petista passou a dar “tiro na população”, em especial a da periferia quando passou a cobrar a taxa do lixo na conta de água e por “não ter tirado as catracas” do terminal de ônibus.

O emedebista admite haver a experiência político-administrativa de Filippi, prefeito em quarto mandado, e a influência do governo federal, hoje sob responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na gestão municipal. No entanto, pondera sobre a efetividade do apoio do PT e Lula em Diadema. “Entre falar em enviar recursos e depositar na conta, tem uma distância muito grande”, ao destacar a falta de envios de verbas da União para obras e custeio.

Para tentar quebrar a alternância no poder do PT e família Michels, o empresário conta com o aval de Ricardo Nunes (MDB), prefeito da Capital paulista.




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